Neuralgia do trigêmeo: paciente busca um tratamento eficaz para a “pior dor do mundo”

Barbara Souza Por Barbara Souza
3 min de leitura
Foto Destaque: Carolina Arruda/Arquivo Pessoal (Reprodução/@caarrudar)

Carolina Arruda, uma jovem de Bambuí, Minas Gerais, sofre de neuralgia do trigêmeo, uma condição conhecida como a “pior dor do mundo”. Carolina, que é estudante de medicina veterinária, casada e mãe de uma menina de 10 anos, começou a sentir dores aos 16 anos, durante a gravidez e recuperação de uma dengue.

Apesar de múltiplos tratamentos, incluindo cirurgias e procedimentos especializados, Carolina continua a lutar contra dores insuportáveis.


Carolina já está internada para tratamento da neuralgia — Foto: Carolina Arruda(Arquivo Pessoal/@caarrudar)

O que é a neuralgia do trigêmeo?

A neuralgia do trigêmeo é uma condição neurológica que causa dores faciais intensas, frequentemente descritas como uma das piores dores possíveis. As crises de dor são súbitas, intensas e podem ser desencadeadas por ações simples como falar, mastigar ou até mesmo tocar o rosto. O tratamento da neuralgia do trigêmeo é complexo e pode envolver medicamentos, procedimentos minimamente invasivos e, em alguns casos, cirurgias.


Neuralgia do Trigêmeo
Neuralgia do trigêmeo. (Foto/Reprodução/ Dráuzio Varella)

 A jornada de Carolina Arruda

Carolina Arruda começou a sofrer com as dores faciais aos 16 anos, durante a gravidez e recuperação de uma dengue. Após quatro anos de dor constante e visitas a vários médicos, foi diagnosticada com neuralgia do trigêmeo pelo neurocirurgião Marcelo Senna, que possui mais de 30 anos de experiência no tratamento dessa condição.

Desde o diagnóstico, Carolina passou por vários tratamentos, incluindo descompressão microvascular, rizotomia por balão e neurólises por fenolização, mas sem sucesso significativo.

Recentemente, após ampla repercussão de sua história, um médico de um hospital no Sul de Minas sugeriu um novo tratamento que pode oferecer alívio para Carolina, a custo zero. A proposta é induzir o sono e “reiniciar o cérebro”, internando-a por 20 dias na UTI, o método pode incluir radiofrequência, bomba de morfina ou até mesmo uma implantação de um eletrodo, dependendo da resposta que o organismo de Carolina irá ter.

Embora ela tenha considerado a eutanásia assistida na Suíça devido ao sofrimento extremo, Carolina está disposta a reavaliar essa decisão dependendo dos resultados deste novo procedimento.


Carolina Arruda internada
Carolina em mais uma abordagem cirúrgica (Foto:/Arquivo Pessoal/Instagram/@caarrudar)

O impacto da neuralgia do trigêmeo

A dor e o desgaste emocional causados pela neuralgia do trigêmeo são tão intensos que Carolina iniciou uma campanha na internet para arrecadar recursos e buscar o suicídio assistido na Suíça, um dos poucos países onde essa prática é legal. Nesse contexto, pacientes precisam fornecer provas de sua condição médica, passar por avaliações psiquiátricas rigorosas e demonstrar um desejo claro e consistente de terminar suas vidas.

As organizações que facilitam o suicídio assistido na Suíça oferecem apoio cuidadoso para garantir que a escolha dos pacientes seja respeitada e conduzida com dignidade.

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