O rombo da catástrofe climática já é de meio bilhão de reais no Sul do país

Lourdes Carvalho Por Lourdes Carvalho
3 min de leitura
Foto Destaque: Rio Grande do Sul sob as águas (Reprodução/instagran/@globonews)

A CNM (Confederação Nacional dos Municípios) divulgou nesta terça-feira (6) o prejuízo de meio bilhão acumulado pelos municípios do estado do Rio Grande do Sul, no período de 29 de abril a 5 de maio. Além disso, já são registrados 276 feridos, 111 desaparecidos e 83 mortos.

No entanto, ainda de acordo com a CNM, o número do prejuízo está subestimado. Apenas 19 municípios já levantaram e disponibilizaram os dados reacionados aos danos. 336 municípios no total foram atingidos em algum nível pelas chuvas.

Há apenas 6 meses de outro evento

A tragédia que assola o sul do país é um segundo tempo de eventos extremos relacionados às mudanças climáticas. Em setembro de 2023, um ciclone extratropical atingiu o estado, deixando um rastro de destruição com um prejuízo financeiro de mais de R$ 3 bilhões de reais e 51 mortes. 

Na ocasião, o governo federal prometeu R$ 741 milhões referentes a recursos aos municípios para combate de eventos extremos, de acordo com informações da CNM. No entanto, foram repassados apenas R$ 81 milhões.

A agricultura sempre leva a pior

O evento de 2023 não atingiu somente o sul, mas também várias localidades em todo o país. O montante do prejuízo foi cerca de R$ 105,4 milhões de reais. A maior parcela das perdas foi na agricultura, contabilizando cerca de R$ 53 bilhões. Veja as demais áreas:

  1. Agricultura: R$ 53,6 bilhões em prejuízos (50,8%)
  2. Pecuária: R$ 15,3 bilhões (14,5%)
  3. Sistema de transportes: R$ 10,9 bilhões (10,3%)
  4. Abastecimento de água potável: R$ 10,8 bilhões (10,2%)
  5. Obras de Infraestrutura: R$ 3,9 bilhões (3,7%)
  6. Habitação: R$ 3,5 bilhões (3,3%)
  7. Comércios locais: R$ 1,7 bilhão (1,7%)
  8. Indústria: R$ 1,6 bilhão (1,6%)

Presidente Lula e comitiva em reunião com governadaor Eduardo Leite (Foto reprodução/instagran/@estadao)

Nesta segunda-feira (6), o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional deram início a várias reuniões com participação de lideranças partidárias, com o objetivo de articular medidas emergenciais para auxiliar a assistência e reconstrução do estado. Pretende-se criar um “orçamento de guerra” como em 2020, por ocasião da pandemia da Covid.

Deixe um comentário

Deixe um comentário Cancelar resposta

Sair da versão mobile