Nesta última segunda-feira (12/05), aconteceu em Nova York o primeiro dia do julgamento federal contra Sean “Diddy” Combs. A questão central para o júri foi se as relações foram de coerção ou consentimento. Combs, um famoso magnata da música de 55 anos, fundador da Bad Boy Records e conhecido anteriormente como Puff Daddy e Diddy, enfrenta acusações de extorsão e tráfico sexual.
A prisão do magnata em setembro seguiu-se a várias ações civis com alegações graves. Ele se declarou inocente de cinco acusações, incluindo conspiração de extorsão, tráfico sexual e transporte para prostituição, se condenado, poderá pegar prisão perpétua.
Resumo do primeiro dia de julgamento
O primeiro dia incluiu as alegações iniciais de ambas as partes e o depoimento das duas primeiras testemunhas. Em resumo, o primeiro dia do julgamento estabeleceu um confronto direto entre as alegações de coerção e a alegação de consentimento, com a promotoria detalhando relatos de abuso e a defesa admitindo violência doméstica, mas questionando os motivos das acusadoras em relação às acusações mais graves.
A acusação focou em duas mulheres: Cassie Ventura e uma identificada como “Jane”. Segundo a promotoria, Combs as coagiu a participar das chamadas “Freak Offs”, festas que a sua equipe organizava que duravam dias e aconteciam em diferentes lugares, com viagens e despesas pagas por suas empresas, caracterizando uma organização criminosa.
Cassie conheceu Combs em 2006, aos 19 anos, e namoraram intermitentemente de 2007 a 2018. A promotoria alega que Combs a agrediu fisicamente várias vezes, incluindo um incidente em 2009 em que a jogou no chão de um carro e pisoteou seu rosto, e outra vez em que a espancou por estar saindo com outro homem. As agressões também ocorriam por motivos menores, como não atender o telefone ou demorar no banheiro. Além disso, a promotoria mencionou um incidente em que Combs teria forçado um trabalhador sexual masculino a urinar na boca de Cassie.
Sean “Diddy” Combs (Foto: reprodução/Paras Griffin/Getty Images Embed)
Seleção do júri
A seleção do júri para o caso prosseguiu na segunda-feira com a escolha dos 12 jurados e seis suplentes finais, sendo composto por oito homens e quatro mulheres, e o grupo suplente por quatro homens e duas mulheres. A defesa questionou as dispensas da acusação por possível viés racial, mas o juiz negou a contestação.
Este julgamento marca o início de uma queda e um momento delicado na trajetória da carreira de sucesso no entretenimento de Combs. O julgamento está sendo conduzido sem a exposição da transmissão televisiva, em respeito à privacidade das partes envolvidas.