Olimpíadas de Paris podem estar alvo de extremistas se entendidas por três fatores

Vanessa Lopes Por Vanessa Lopes
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Foto Destaque: estado Islâmico se fundamenta na aplicação da lei religiosa (reprodução/RTP Ensina)

Os governos estão antenados as ameaças do Estado Islâmico que, intensificou solicitações para atacar eventos esportivos na Europa. A preocupação se dá em torno dos jogos olímpicos e paraolímpicos de Paris, na França. Nos últimos dias, o país tem reforçado a segurança para evitar possíveis ataques na região. Embora seja complexo fazer previsões sobre os riscos reais, fatores como a intenção, a capacidade e a oportunidade do bloco terrorista foram analisados.

Intenção

Os jogos olímpicos movem o mundo, nesse sentido, uma ação pode proporcionar um impacto global. Então, fica a pergunta: será que o Estado Islâmico alocaria recursos para essa fatalidade?

Hoje, a afiliada ao grupo califado com poder propenso a cometer ataques transnacionais é o Estado Islâmico Província de Khorasan (EI-K) onde há sede no Afeganistão. A afiliada é centrada em ataques no ocidente, apesar de priorizar atentados em países, como Afeganistão e Paquistão; seguidamente de países da Ásia Central como o Tajiquistão, o Uzbequistão e o Quirguizistão, e potências regionais como o Irã, Rússia e China.


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Estado Islâmico é um califado que atua mediante a ataques terroristas baseados em ideologias político religiosas extremistas sobre o Islamismo (Foto: reprodução/AFP Contributor/getty images embed)


O grupo califado foi responsável pelo recente massacre na sala de concertos em Moscou – Rússia, das quais morreram 140 pessoas. Atualmente, eles agitam apelos aos seus seguidores. “Recriem a glória do ataque a Paris, em 2015 e organizem cruzadas em massa”.

Para eles, tentar criar um terror em meados dos jogos olímpicos poderia ser uma estratégia para cansar seus opositores, visto que, desde 2014-15, o Estado Islâmico não está na mesma posição em que se expandia territorialmente para a Síria e Iraque. Houve uma coalizão, espécie de freio por parte do ocidente às suas tentativas, o que os levou a retaliá-los, em forma de ataques na Europa.

Essa é uma tática mecânica para esgotar os recursos dos governos ocidentais, ao levá-los a investir em medidas de segurança de alto custo, contra os possíveis ataques. Essa prática já foi identificada, quando a Al-Qaeda implantou duas impressoras-bomba em um avião. A operação falhou, porém, ela obrigou os Estados Unidos a investirem bilhões em melhorias de segurança, em companhias aéreas.

Capacidade

Apesar de haver dúvidas por parte dos governos em relação à organização de um ataque pelo Estado Islâmico, o EL-K tem histórico de potencial em realizar ataques transnacionais. Alguns aspectos devem ser relevantes, por mais que sua capacidade ainda seja uma incógnita.


O EL-K em 24 de janeiro de 2016 foi classificado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos, como Organização Terrorista Estrangeira (Foto: reprodução/AFP Contributor/getty images embed)


Primeiro, o atentado suicida em um comício político no Paquistão em julho de 2023; um duplo atentado suicida ao Irã em 2024; e o massacre na sala de concertos na Rússia.

Oportunidade

As olimpíadas podem ser vistas como oportunidade promissora para um ataque. A propaganda extremista islâmica potencializa os ataques em eventos esportivos, pois segundo o Al Qaeda “são alvos fáceis”.

Em suma, a França planeja enviar 45 mil policiais, 20 mil membros da segurança privada e 15 mil militares para fazer a segurança nos dias do evento.

“Prova de fogo” Brasil debate ascensão de ódio

O Ministro Luís Roberto Barroso em evento palestrado na Universidade de Oxford, no Reino Unido, neste sábado (22), citou que o mundo vive em um momento difícil para preservar democracias diante da ascensão da extrema-direita.

“A democracia tem espaço para todas as correntes político ideológicas, mas, não há lugar para quem não se disponha a respeitar as regras do jogo e os resultados eleitorais.” disse o ministro ao colocar parâmetro nas relações.

O crescimento de discursos de ódio como estratégia de atuação política muitas das vezes capturado para o sentido religioso, aumenta em diversos países.

Redatora do Site In Magazine (IG) Graduada pela Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA) Especialista em Ciências Políticas pela FACULESTE
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