Em relatório divulgado na última segunda-feira (27), pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), e outras agências da ONU, foram divulgados os desafios quanto às questões relacionadas à alimentação e nutrição enfrentados pelos países da América Latina e Caribe.
Segundo o documento intitulado “Panorama Regional de Segurança Alimentar e Nutrição 2024”, eventos climáticos como tempestades e secas afetam diretamente a produção agrícola das regiões e, consequentemente, ocasionam o aumento nos preços dos alimentos, expandindo a insegurança alimentar da população.
O dado gera preocupação para os países da América Latina e o Caribe, uma vez que 74% da região está exposta a crises climáticas.
Apesar do alerta, o relatório registrou uma queda significativa na insegurança alimentar dos países da América Latina, sendo o único local do mundo com essa tendência. De 2022 para 2023, 2,9 milhões de pessoas deixaram de passar fome.
O Caribe, ainda que tenha diminuído o número de pessoas em situação de desnutrição, ainda apresenta números críticos. No relatório divulgado em 2023, 52% da população da região não tinha meios para acessar uma alimentação saudável.
Preocupação com colapso climático
No final de 2024, o secretário-geral da ONU, António Guterres, em sua mensagem de Ano Novo, chamou atenção para o “colapso climático” que o mundo está enfrentando. Guterres disse que os dez anos mais quentes registrados na terra ocorreram na última década.
Guterres também alertou sobre a importância de proteger as pessoas afetadas com os desastres climáticos, criando um sistema de alerta precoce.
Durante sua presença no G20, ocorrido no Rio de Janeiro, o secretário-geral realçou a urgência de agir para impedir que as temperaturas do mundo passem de 1,5 graus Celsius. Ele também pediu para as empresas iniciassem o processo de transição para combustíveis renováveis.
COP30
Preocupado com as questões ambientais, O Brasil irá receber a Conferência Mundial sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém, em novembro deste ano. O evento irá ser realizado pela primeira vez no país e reunirá líderes mundiais para discutir ações que frear a crise climática enfrentada atualmente.
O embaixador André Aranha Corrêa foi selecionado para ser o presidente da conferência. O evento é visto como um passo primordial para demonstrar a influência do Brasil debate mundial.