O empresário e influenciador Pablo Marçal (PRTB) foi condenado pela Justiça de São Paulo a pagar R$ 30 mil ao deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) por danos morais. A decisão é da 9ª Vara Cível de Santo Amaro e foi publicada no dia 5 de abril de 2025.
Acusações feitas por Marçal
A indenização é a respeito às declarações feitas por Pablo durante uma entrevista em um podcast no mês de julho de 2024, segundo site G1, durante a entrevista de Pablo Marçal, teria dito que Guilherme Boulos invade a propriedade dos outros” e “cobra aluguel de quem é vulnerável”, em referência ao trabalho do deputado no MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), também teria declarado que o deputado “seria organizador de esquemas criminosos, sendo a maior imobiliária irregular de São Paulo”.
O juiz Anderson Cortez Mendes destacou na sentença que Pablo Marçal, não apresentou provas que comprovem suas afirmações e limitou-se a alegar liberdade de expressão. Segundo o magistrado Marçal, limitou-se a alegar não ter ultrapassado os limites da liberdade de expressão e da crítica, mas, sem juntar provas e elementos que pudessem comprovar que a acusação fosse verdadeira.
Multas serão aplicadas caso haja descumprimento da ordem
A defesa de Guilherme Boulos chegou a pedir a retirada do episódio do canal do YouTube, mas a justiça negou o pedido, no entanto segundo R7, Pablo Marçal foi obrigado a retirar de suas redes sociais, trechos da entrevista dada ao podcast “Os sócios Podcast”.
Caso não cumpra a ordem, o empresário poderá pagar multa de R$ 1 mil por dia útil, chegando até R$ 50 mil, se as falas forem novamente veiculadas, Marçal poderá ser multado em mais R$ 50 mil. Boulos em suas redes sociais, compartilhou foto da matéria sobre a vitória na justiça e comentou: “Pablo Marçal perdeu na justiça mais uma vez. Seguimos”, conclui.
Os dois foram adversários nas eleições municipais de 2024 em São Paulo, onde Boulos ficou em segundo lugar e Ricardo Nunes (MDB) foi reeleito. A decisão judicial reforça os limites da liberdade de expressão, especialmente em contextos eleitorais, e a responsabilidade de figuras públicas sobre o que declaram publicamente.