Pantanal tem recorde de focos de incêndios que ameaçam vida dos animais

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incêndios florestais no pantanal
Foto Destaque: Bombeiros combatem incêndios florestais no pantanal em 13 de novembro de 2023 (Reprodução/ROGERIO FLORENTINO/Getty Images Embed)

Incêndios florestais no Pantanal registram o pior cenário em 26 anos no mês de junho. A intensa seca no centro-oeste do país está provocando um aumento de incêndios que prejudicam a fauna e a flora locais.

Seca extrema e aumento dos incêndios

O Pantanal tem recorde de focos de incêndio nos primeiros 15 dias de junho. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais registrou 1.269 focos de calor em 2024. Este normalmente já é um período do ano de seca, no entanto houve uma escalada no incêndios na região. O período de seca também é consequência do fenômeno El Niño.

A área devastada aumentou quase 20 vezes em 2024, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Foram 17.050 hectares queimados no ano passado, segundo os dados divulgados pelo Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de MS e pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado

Combate ao fogo na região

Para tentar minimizar o cenário preocupante, mais de 100 bombeiros, brigadistas do Ibama e do Instituto Homem Pantaneiro tentam combater o fogo em mais de 10 pontos isolados do Pantanal de Mato Grosso do Sul. Caminhão-pipa e aviões dos Bombeiros são usados para lançar água sobre as chamas.

Vida dos animais e a vegetação

A imagem de um jacaré morto chamou a atenção. Os animais, principalmente os anfíbios e répteis, precisam da umidade dos refúgios para sobreviver, e esses refúgios úmidos estão diminuindo. 


Um crocodilo morto é visto enquanto os incêndios florestais assolam o Pantanal em Porto Jofre, estado de Mato Grosso, em novembro de 2023 (Foto: reprodução/AFP/Rogério FLORENTINO/Getty Images Embed)


“Então, essa seca já está afetando esses refúgios e, consequentemente, provoca o fogo”, afirma a veterinária Franciele Cunha de Oliveira. Nesta época do ano, a região em volta do Rio Paraguai deve estar alagada. Porém, neste ano, o chão está rachado por conta da falta de água. 

Além do prejuízo aos animais e à vegetação, pessoas que vivem na região também precisam lidar com a fumaça, que pode causar prejuízos e problemas respiratórios.

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