Parlamento da Venezuela pede que Maduro rompa relações com a Espanha

Yasmin Souza Por Yasmin Souza
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O Parlamento venezuelano, dominado por apoiadores de Nicolás Maduro, solicitou nesta terça-feira (8) que o presidente rompa relações diplomáticas com a Espanha. A decisão é uma resposta à resolução do parlamento espanhol que reconheceu o opositor Edmundo González como presidente eleito da Venezuela nas eleições de 28 de julho, consideradas fraudulentas pela oposição.

O presidente da Assembleia venezuelana, Jorge Rodríguez, liderou o pedido de ruptura, que reflete o crescente isolamento internacional da Venezuela após as controvérsias envolvendo as eleições e a reeleição de Maduro, ratificada pelo Tribunal.


Venezuela rompe relaciones diplomáticas con España: lo aprobó el chavismo en la Asamblea Nacional
Jorge Rodríguez pedindo o rompimento das relações diplomáticas com a Espanha — (Vídeo: Reprodução / YouTube / Clarin)

Resposta à resolução espanhola e apoio a González

O parlamento venezuelano aprovou com entusiasmo o pedido de rompimento das relações com a Espanha após o Congresso espanhol reconhecer Edmundo González Urrutia como vencedor das eleições venezuelanas de julho. González, opositor do regime de Maduro, está exilado na Espanha desde setembro, após uma ordem de prisão emitida pela Justiça venezuelana.

O acordo assinado pelos deputados venezuelanos rejeita “categoricamente a nefasta resolução” aprovada pelo parlamento espanhol, qualificando-a como um ataque à soberania da Venezuela e uma afronta ao resultado das eleições, cujas atas não foram publicadas pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

Maduro reafirma liderança enquanto oposição contesta resultados

O governo de Nicolás Maduro, apoiado por instituições como o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), assegurou sua vitória nas eleições. O TSJ impediu a divulgação das atas eleitorais, alegando um ataque cibernético, o que gerou uma onda de protestos pela oposição. Até o momento, os protestos resultaram em 27 mortes e mais de 2.400 detenções, aprofundando a crise política no país.

Enquanto isso, a comunidade internacional, incluindo a União Europeia, pede mais transparência no processo eleitoral, embora o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, ainda não tenha reconhecido oficialmente González como presidente eleito, destacando a necessidade de analisar as atas eleitorais.

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