No dia anterior ao acidente do avião em Vinhedo, a mesma aeronave voou até Rio Verde, em Goiás, e alguns dos passageiros relataram problemas no voo para a TV Anhanguera.
Ângela Espíndola, empreendedora que voou de Goiás à São Paulo, relatou ter estranhado o quão quente o avião estava, visto que normalmente os voos estão preparados para recebimento dos passageiros e trajeto, o que não ocorreu neste. O calor do avião foi diminuir apenas ao final da viagem, próximo de Guarulhos.
A prefeitura de Rio Verde relatou que após voar de São Paulo para Goiás, o aeroplano retornou. O fatídico voo ocorreu no dia seguinte, realizando outra rota.
Avião da Voepass cai em interior de São Paulo (Reprodução/Miguel Schincariol/Getty Images Embed)
Problemas no voo
Fora o problema com o ar-condicionado, demais passageiros relataram que houve um problema com o peso das bagagens, por ultrapassarem o peso permitido, mesmo depois da pesagem. Este problema fez com que o voo atrasasse, dado a necessidade de repesar todas as bagagens.
Ainda sobre o calor no voo, Cleiton Feitosa, servidor público, contou que a temperatura era insuportável, e o suor era anormal, como se tivesse tomado um “banho de suor”.
Daniela Arbex, jornalista e escritora, narrou que diversas pessoas passaram mal devido o calor na aeronave. A jornalista viajou na aeronave de Ribeirão Preto até Guarulhos, e após, de São Paulo à Goianá. Arbex filmou um defensor público tirando a camiseta devido o calor, situação pela qual este já havia passado duas vezes nesta companhia.
Segundo o defensor, em outra viagem neste voo, a aeromoça informou que não seria possível ficar sem camiseta, e trouxe água quando este reclamou do calor.
A prefeitura de Rio Verde indicou que o voo de quinta-feira (8), em que Ângela e Cleiton estavam, pousou por volta de 11h30, e planou com destino a Guarulhos próximo do meio-dia.
Notas quanto aos voos
Em nota, a Voepass Linhas Aéreas, a companhia aérea dona da aeronave, afirmou que o avião não estava com quaisquer retenções operacionais, e todos os sistemas estavam aptos e corretos para o voo.
O que foi confirmado pela nota da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), que afirmou que o avião ATR-72, vinculado ao acidente de Vinhedo, estava em plenas condições de funcionamento.
Este mesmo avião caiu em um condomínio em Vinhedo, no bairro Capela, no interior de São Paulo, e todos os 62 passageiros faleceram. A investigação do acidente, tal qual o atendimento às vítimas, estão sendo averiguados pelo Anac e pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos).