PF descobre dispositivos clandestinos em computadores do INSS em Brasília

Carlos Enriki Por Carlos Enriki
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INSS (Foto: Reprodução/Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

A Polícia Federal (PF) descobriu dispositivos ilegais e clandestinos instalados em computadores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em Brasília, com a intenção de roubar dados dos equipamentos.  A informação foi inicialmente divulgada pelo Metrópoles, e confirmada posteriormente pela TV Globo.

Dados de beneficiários em segurança

Apesar da descoberta dos dispositivos, chamados de chupa-cabras, a PF afirmou que nenhum dado do beneficiário foi roubado, já que o sistema do INSS está criptografado desde maio de 2024. Os dispositivos irregulares foram encontrados em vários andares do prédio do INSS, até mesmo o andar da Presidência.

A PF continuar com a investigação e, até o momento, não foram apresentados nomes ou suspeitos. A suspeita é de que alguém dentro do INSS possa ter instalado os equipamentos recentemente. Alessandro Stefanutto, presidente do INSS, declarou que, embora não se possa fazer suposições devido à investigação sigilosa, é provável que um servidor ou terceirizado tenha sido assediado pelo crime organizado para realizar a instalação.


Policia Federal (Foto: Reprodução/Anadolu/Getty Images Embed)


Total de sete dispositivos encontrados

Três dispositivos foram encontrados na rede de computadores no dia 26 de junho, após fazerem uma varredura ao notarem lentidão extrema  nos servidores do  INSS. Quando a PF foi acionada e realizou mais uma varredura, encontrou mais quatro dispositivos, totalizando sete.

A varredura, iniciada no nono andar devido ao maior número de reclamações, se estendeu ao décimo andar, onde funciona a presidência, o que culminou na descoberta dos dispositivos clandestinos. Segundo a equipe de tecnologia do INSS, foi descartada a hipótese de que os dispositivos tenham sido instalados por alguém da equipe de manutenção do tráfego de dados.

Estes dispositivos têm sido encontrados em várias agências do INSS pelo país desde 2022, levando o Tribunal de Contas da União (TCU) a solicitar uma revisão no sistema de segurança. O INSS garantiu que, desde maio ninguém conseguiu acessar ao sistema devido à criptografia implementada

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