PF deve indiciar Bolsonaro por atos do 8 de janeiro

Rhayra Hallen Por Rhayra Hallen
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Foto Destaque: Bolsonaro e Braga Netto (Foto/Andre Coelho/Bloomberg via Getty Images Embed)

O ex-presidente Jair Bolsonaro deve ser indiciado pela Polícia Federal (PF) pelos atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro. Isso se deve à apuração feita pela polícia, onde foi descoberto que Bolsonaro solicitou seus assessores para discutir uma minuta golpista e até delegou ajustes no documento.

Outros membros do ex governo devem ser indiciados pela PF


Destruição em sala do Palácio do Planalto após atos de 8 de janeiro (Foto: reprodução/Mateus Bonomi/Anadolu Agency via Getty Images embed)


Jair Bolsonaro divulgou a “minuta do golpe” entre generais e comandantes das Forças Armadas, tentando apoio para investir na tentativa de Golpe de Estado. Através de diálogos restaurados na investigação, o ex-ministro da Defesa, Braga Netto, aparece xingando o General Freire Gomes, então comandante do Exército, por resistir a aderir ao golpe.

Provas suficientes contra o ex-ministro foram adquiridas e sua participação aparece no inquérito, que, segundo a PF, deverá ser concluído até agosto.

Paulo Sérgio Nogueira, último Ministro da Defesa o governo Bolsonaro, e o General Augusto Heleno, também estão na mira da PF, eles aparecem discutindo com o próprio Jair, em gravação, estratégias para mantê-lo no poder ao fim do seu mandato.

Prisão

Por enquanto, a prisão dos indiciados não está prevista, e deverá ser emitida apenas em caso de descumprimentos de leis como coação de testemunhas ou ao desobedecer qualquer medida estabelecida pela investigação.

Em depoimentos já colhidos em fevereiro pela PF, Bolsonaro, Braga Netto e Heleno permaneceram calados. O ex-presidente se pronunciou apenas para alegar incompetência da parte do Supremo Tribunal Federal ao analisar o caso, e, na semana seguinte em um evento, citando a minuta golpista: “Agora, o golpe é porque tem uma minuta de um decreto de estado de defesa. Golpe usando a Constituição? Tenha a santa paciência”, disse ele insatisfeito com as acusações, em frente a milhares de apoiadores que se reuniram em apoio.

A Polícia Federal ainda pretende exibir argumentos que ligam outras eventualidades à tentativa antidemocrática.

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Rhayra Hallen é estudante do último período de Jornalismo, apaixonada pelo universo da comunicação e atua atualmente como redatora, assistente de comunicação e social mídia
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