PF responsabiliza Bolsonaro e assessores por tentativa de golpe de Estado

Tentativa de golpe de Estado e plano para eliminar Lula: investigadores afirmam que o relatório da Polícia Federal deve atribuir responsabilidades a Bolsonaro e assessores

Helene Ferreira Por Helene Ferreira
Foto destaque: Lula reage ao plano contra sua própria vida (Reprodução/ EVARISTO SA/ Colaborador/Getty Images Embed)

Relatório da Polícia Federal (PF) sobre a tentativa de golpe de Estado destacará, de forma enfática, a responsabilização do ex-presidente Jair Bolsonaro e de seus assessores, incluindo o indiciamento deles e de militares que participaram da concepção, organização e tentativa de execução de uma ação golpista direcionada para minar o Estado Democrático de Direito no Brasil. A PF deve finalizar o primeiro relatório dos atos golpistas nesta quinta-feira (21) e posteriormente enviar para o Supremo Tribunal Federal (STF).

Apesar do cenário atual, não deve existir pedido de prisão no relatório final, que poderá ser complementado em outro momento, especialmente após a Operação Contragolpe.

Operação Contragolpe


Lula segura a bandeira do Brasil durante campanha (Foto: reprodução/
CARL DE SOUZA / Colaborador/ Getty Images Embed)


A Operação Contragolpe investiga um plano elaborado em 2022 com o objetivo de impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin, incluindo ações extremas como assassinatos de líderes políticos e ministros do Supremo Tribunal Federal. Entre os suspeitos, estão militares das forças especiais. A operação também revelou o uso indevido de recursos públicos e táticas clandestinas detalhadas, evidenciando uma tentativa de golpe estruturada e articulada. As ações resultaram em prisões, buscas, apreensões e suspensões de cargos públicos dos envolvidos, ligando o caso a atos antidemocráticos nas eleições de 2022 e aos ataques de 8 de janeiro de 2023​.

“Punhal Verde e Amarelo”

O plano chamado “Punhal Verde e Amarelo” envolvia ações detalhadas para eliminar o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes. A operação, de alta complexidade técnica e militar, incluía o uso de explosivos, armamento pesado e o possível envenenamento de Lula, visto que o envenenamento foi apontado como uma das principais estratégias para eliminar o presidente. O plano foi criado para ser posto em prática em 15 de dezembro de 2022, antes da posse presidencial. O objetivo era desarticular a transição de governo e impedir a formação do novo comando político no país.

Comunicóloga, jornalista e estudante de Letras.
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