O Ministério das Relações Exteriores informou, por meio de um comunicado divulgado nesta segunda-feira (16), que os prefeitos brasileiros que foram a Israel desconsideraram uma recomendação do Itamaraty para evitarem viagens ao país do Oriente Médio, devido à situação de conflito na região.
Além dos enfrentamentos com o grupo Hamas, que domina a Faixa de Gaza, e com o Hezbollah, baseado no Líbano, Israel também está em confronto com o Irã, após ataques realizados pelo governo de Benjamin Netanyahu contra instalações iranianas.
Autoridades viajaram mesmo sob alertas
Desde outubro de 2023, a Embaixada do Brasil em Israel mantém um alerta orientando que apenas viagens essenciais sejam feitas ao país. Na época, também foi sugerido que os cidadãos brasileiros que já estavam em território israelense considerassem a possibilidade de deixá-lo.
A manifestação do Itamaraty veio após a confirmação de que um grupo composto por 12 autoridades do Brasil deixou Israel com destino à Jordânia, de onde seguirão viagem de volta ao Brasil. O retorno será feito por meio de um voo fretado, com partida prevista da Arábia Saudita.
Segundo a nota divulgada pelo Itamaraty nesta segunda-feira, a retirada das 12 autoridades brasileiras foi viabilizada por meio de uma estreita coordenação entre o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, e o chanceler da Jordânia, Ayman Safadi.
Possíveis golpes
A Embaixada do Brasil em Tel Aviv fez um alerta nas redes sociais nesta segunda-feira, orientando os brasileiros que estão em Israel a tomarem cuidado com possíveis golpes divulgados online, que prometem voos de saída do país. A recomendação foi feita devido ao fechamento do espaço aéreo, devido ao conflito com o Irã.
Já o comunicado mais recente, publicado na última sexta-feira (13), reforça que não é recomendável viajar nem para Israel, nem para o Irã. A orientação também pede que os brasileiros que já se encontram nesses países evitem participar de manifestações.