Presidente da Voepass fala pela primeira vez sobre o acidente em Vinhedo

Fernanda Eirão Por Fernanda Eirão
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Foto destaque: CEO da Voepass faz pronunciamento após acidente do voo 2283 (Reprodução/Instagram/@voepassoficial)

Em pronunciamento divulgado na noite de terça-feira (13), o comandante José Luiz Felício Filho, presidente e co-fundador da Cia aérea Voepass, expressou sua solidariedade às famílias das vítimas e que não estão medindo esforços logísticos e operacionais para apoiar os familiares neste momento de perda e de dor.

Ele também frisou que a Voepass segue as melhores práticas para a segurança operacional de suas aeronaves. O acidente aéreo na cidade do interior de São Paulo ocorreu na última sexta-feira (09) e deixou 62 mortos.

O apoio da Voepass

O presidente da Voepass disse que a empresa se responsabiliza “integralmente” por transporte, hospedagem, alimentação, translado, apoio psicológico e todas as despesas necessárias para todas as pessoas que foram afetadas pelo acidente. Nesse momento de pesar, ele garante que as famílias das vítimas terão assistência irrestrita por parte da companhia aérea.

José Felício declarou ainda que o apoio emocional é prioridade para a empresa. Um grupo de psicólogos e médicos estão à disposição no centro de acolhimento às famílias montado em SP e em outros centros do país. Os voluntários e equipe estão em contato constante com os familiares e criaram um canal exclusivo de comunicação para acesso de forma correta, transparente e objetiva a qualquer momento. Ele também reafirma que a Voepass segue os protocolos de segurança exigidos em viagens aéreas.


Comandante Felício
José Felício, presidente e cofundador da Voepass, faz comunicado às famílias das vítimas (Foto: Reprodução/Instagram/@marina37felicio)

“Sou piloto há mais de 30 anos e hoje o comandante mais antigo dessa empresa. Vim de uma origem de transportadores e, desde que assumi a presidência dessa empresa em 2004, sempre construí uma base com diretrizes sólidas e sempre pautadas pelas melhores práticas internacionais para garantir a segurança operacional de todos. A vida dos nossos passageiros, assim como dos nossos tripulantes, sempre foi e continuará sendo nossa prioridade número um”, declarou José Felício.

Ele encerra agradecendo ao apoio e solidariedade que todos tiveram com as famílias, incluindo autoridades, voluntários, colaboradores, médicos, psicólogos e todos que, de alguma forma, estão trazendo conforto neste momento devastador.

Relembre o acidente aéreo

Na tarde de sexta-feira (09), o voo 2283 da Voepass partiu do aeroporto de Cascavel, no Paraná, com destino ao Aeroporto Internacional de Guarulhos. Aproximadamente às 13h21, a aeronave fez uma curva brusca e não respondeu às chamadas do Controle de Aproximação de SP. Um minuto depois, a altitude da aeronave apresentou, em seu último registro, altitude de 1.250 metros e o sinal de GPS foi perdido. Às 13h26, o avião caiu em um condomínio na cidade de Vinhedo, cerca de 70Km de seu destino final. A aeronave transportava 58 passageiros e 4 tripulantes; não houveram sobreviventes.

Após o acidente,  Voepass declarou em entrevista coletiva que os pilotos eram experientes e que os sistemas operacionais estavam em pleno funcionamento no momento da decolagem. A aeronave, de fabricação franco-italiana, tinha 14 anos de fabricação e era um modelo conhecido por sua capacidade de operar em aeroportos de pista curta. Há registros de acidentes aéreos com esse mesmo modelo na Ásia, com causas variando de falha humana a condições climáticas severas. 

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos (Cenipa) informou que as caixas-pretas da aeronave de modelo ATR-72-500 foram recuperadas com sucesso. O acidente do voo 2283 entra para a história da aviação brasileira como um dos maiores e mais letais acidentes aéreos do país.

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