Presidente sul-coreano pede desculpas por lei marcial em meio a crise política

Crise na Coreia do Sul, presidente pede desculpas por lei marcial enquanto enfrenta impeachment e pressão popular

Andressa de Paula Por Andressa de Paula
2 min de leitura
Foto destaque: O presidente sul-coreano Yoon Suk-yeol (Reprodução/Instagram/@sukyeol.yoon)

O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, pediu desculpas publicamente após ter declarado a lei marcial na última terça-feira (03). Yoon reconheceu o impacto negativo que a ação causaria. Foi a primeira vez que a medida foi adotada no país desde a democratização em 1987. A ação do presidente foi condenada como uma violação da democracia, gerando manifestações populares, além de abrir caminho para um processo de impeachment, intensificando ainda mais a crise no país.

Reações após o decreto-lei marcial

O presidente sul-coreano justificou que a lei marcial era necessária para “proteger a democracia liberal”. A medida foi vista como um esforço desesperado do presidente Yoon para se manter no poder.

O decreto proibiu as atividades políticas e manifestações, além de colocar a mídia sob controle do Estado, gerando ainda mais tensões no país. A oposição, que lidera o parlamento sul-coreano, anulou o decreto do presidente na madrugada seguinte, contando também com protestos organizados por milhares de cidadãos e confrontos com as forças de segurança.


Manifestações em Seul na Coreia do Sul
Manifestações em Seul após o presidente Yoon Suk-yeol declarar lei marcial (Foto: Reprodução/Instagram/@publico.pt)

Crise política e futuro do presidente Yoon Suk-yeol

Com uma aprovação pública, atingindo apenas 13%, Yoon Suk-yeol enfrenta um processo de impeachment liderado pela oposição. Para sua destituição, são necessários dois terços dos votos legislativos. Em discurso recente, Yoon admitiu que a sua decisão gerou ansiedade e transtornos, mas reafirmou que o futuro de sua presidência está nas mãos de seu partido.

Se o impeachment for aprovado, o caso será submetido à Corte Constitucional que decidirá se Yoon será removido definitivamente do cargo. Caso isso aconteça, novas eleições presidenciais deverão ser convocados em até 60 dias. A crise política na Coreia do Sul, ressalta as dificuldades de liderança do presidente e o desafio contínuo da consolidação democrática na Coreia do Sul.

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