Belém se torna o centro do mundo na luta climática durante a COP30

Líderes globais se reúnem no Pará para discutir medidas urgentes contra o aquecimento global e lançar o Fundo Florestas Tropicais

07 nov, 2025
Auditório da COP30 | Reprodução/LUDOVIC MARIN/AFP via Getty Images Embed
Auditório da COP30 | Reprodução/LUDOVIC MARIN/AFP via Getty Images Embed

A Amazônia, maior floresta tropical do mundo, é o palco da nova Cúpula dos Líderes, que começou nesta quinta-feira (6) em Belém, no Pará. A cidade recebe líderes de diversos países para discutir ações contra as mudanças climáticas, em preparação para a COP30, que será realizada oficialmente na próxima segunda-feira (10). O evento acontece em dois espaços principais: a “Zona Azul”, onde ficam os representantes oficiais e jornalistas, e a “Zona Verde”, destinada a ONGs, comunidades indígenas e à sociedade civil.

Agenda lotada dos chefes de Estado

Durante o primeiro dia, o clima foi quente, com pancadas de chuva no fim da tarde, e uma longa recepção marcada por 127 apertos de mão entre chefes de Estado, que foram recebidos pelo grupo paraense Arraial da Pavulagem. O secretário-geral da ONU, António Guterres, foi direto ao ponto, dizendo que o mundo falhou moralmente ao não conter o aquecimento global em até 1,5°C, como prometido no Acordo de Paris. De janeiro a agosto deste ano, a média global já chegou a 1,42°C acima do nível pré-industrial.


líderes mundiais reunidos para a foto (Foto: reprodução/X/@LulaOficial)


Lula faz discurso otimista com relação ao meio ambiente

O presidente Lula abriu seu discurso destacando que ainda é possível reverter os danos ambientais. Ele defendeu ações conjuntas para frear o desmatamento e reduzir a dependência de combustíveis fósseis. Também afirmou que o combate às mudanças climáticas deve estar ligado à luta contra a fome, a pobreza e as desigualdades sociais.

Outros líderes também se pronunciaram. O presidente chileno, Gabriel Boric, criticou Donald Trump por negar a crise climática, e o colombiano Gustavo Petro afirmou que o negacionismo americano ameaça o futuro da humanidade. Já o Príncipe William fez um apelo para que esta geração seja a que “inverte a maré” da destruição ambiental.

Lula ainda anunciou o Fundo Florestas Tropicais para Sempre, que busca captar até US$ 25 bilhões para financiar projetos sustentáveis. Noruega, França, Portugal, Brasil e Indonésia já confirmaram contribuições, enquanto a Inglaterra, por ora, não aderiu ao fundo.

Fora do evento, manifestações de indígenas e artistas pediram mais ação e menos discurso dos líderes mundiais.

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