A partir de maio, todas as empresas brasileiras, independentemente do porte, deverão ter medidas eficientes para identificação e contenção do que pode impactar a saúde mental dos trabalhadores.
A imposição ocorre pela atualização da Norma Regulamentadora n.º 1 (NR-1), promovida pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que reitera a importância de ambientes de trabalho mais saudáveis e seguros.
Revisão da NR-1
Com a reavaliação da Norma Regulamentadora 1, a parte sobre segurança do trabalho foi atualizada, incluindo riscos psicossociais, como assédio, estresse excessivo, jornadas prolongadas e pressão por resultados.
Segundo a terapeuta integrativa Fernanda Maiochi, a nova regulamentação exige que as empresas tratem a saúde mental dos trabalhadores brasileiros como parte essencial a gestão de riscos ocupacionais (MTE).


Sustentabilidade humana
Conforme o Relatório de Tendências Globais de Capital Humano da Deloitte, uma pesquisa que contou com a participação de mais de 14 mil entrevistados em 95 países, foi visto que a sustentabilidade humana é uma causa definitiva para o desempenho organizacional da empresa.
O estudo relata que, com o trabalho menos restrito, habilidades humanas como curiosidade e empatia são primordiais para as companhias terem sucesso.
Priorizar o ser humano e o funcionário é uma forma de aprimorar o bem-estar e a saúde dos colaboradores. Além de alavancar os resultados corporativos, com os empregados mais contentes e satisfeitos.
Saúde mental nas empresas
Para que os programas de saúde mental nas empresas funcionem com total eficiência e cumpram o seu dever, é preciso haver a presença de profissionais que entendam tanto a psicologia organizacional quanto o ambiente corporativo no qual os colaboradores estão presentes.
Para Maiochi, as empresas devem focar não em gerar um programa para cumprir a lei e não serem multados, mas sim em criar iniciativas que afetem diretamente seus trabalhadores, pois isso é o que dará resultados para a companhia.
Ademais, é preciso haver um planejamento adequado, assim como confidencialidade, dado que ninguém irá contar seus problemas se não confiarem no processo, com quem estão falando, e se a empresa fará algo para puni-los.
A participação dos líderes é também essencial, considerando sua relevância na transformação organizacional que precisará ocorrer a fim de que o programa funcione.