Putin diz que não quer tropas ocidentais em meio ao conflito com a Ucrânia

Eduardo Luzan Por Eduardo Luzan
3 min de leitura
Foto destaque: presidente russo Vladmir Putin em 2022 (reprodução/Sergey Guneyev, Sputnik/AP)

As tensões entre Rússia e Ucrânia atingiram níveis alarmantes desde o início da guerra, em fevereiro de 2022. As raízes do conflito remontam ao fim da Guerra Fria e à expansão da OTAN para o leste europeu, vista pela Rússia como uma ameaça à sua segurança.

A anexação da Crimeia em 2014 e o apoio russo aos separatistas no leste da Ucrânia intensificaram as fricções, culminando na invasão em larga escala.

Pronto para guerra nuclear

Em resposta à intensificação da guerra e ao fornecimento de armamento ocidental à Ucrânia, o presidente russo Vladimir Putin alertou sobre a prontidão do país para uma guerra nuclear. Essa postura reaviva a doutrina nuclear russa, que prevê o uso de tais armas em cenários que ameacem a estrutura do estado.


Soldado ucraniano segurando munição de artilharia
Dados apontam que Rússia produz três vezes mais armamento do que EUA e Europa juntos (Foto: reprodução/Inna Varenytsia/Reuters)

A disputa territorial entre Rússia e Ucrânia é um dos principais pontos de atrito, sendo que cerca de 20% do território ucraniano já está ocupado e agora é alegado como território russo. Isso também inclui a Crimeia, anexada em 2014.

Putin busca garantias de segurança para conter a expansão da OTAN para o leste europeu e impedir a entrada da Ucrânia na aliança militar. As exigências russas incluem a neutralidade da Ucrânia e a desmilitarização da fronteira com a OTAN.

Posicionamento dos líderes

As posições dos líderes dos dois países divergem consideravelmente. Putin, por um lado, afirma que a Rússia está preparada para uma guerra nuclear, mas que a decisão não é precipitada.

Defendendo negociações sobre a Ucrânia e a segurança europeia no pós-Guerra Fria, o presidente russo rebate a chancela do Kremlin sobre o uso de armas nucleares, afirmando que “armas existem para serem usadas“.

Do outro lado, Joe Biden demonstra profunda preocupação com o uso de armas nucleares por parte da Rússia, rejeitando a sugestão de um cessar-fogo que congele a guerra e defendendo o apoio militar e humanitário à Ucrânia para conter a expansão russa e fortalecer sua posição antes das negociações.

Os possíveis desdobramentos da guerra são alarmantes. A intensificação do conflito com o uso de armamento mais pesado e sofisticado é um risco real, assim como a possibilidade de um conflito direto entre a OTAN e a Rússia, com consequências imprevisíveis.

Colunista do In Magazine
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