A Praça dos Três Poderes, em Brasília, foi reaberta após um período de 16 horas, após explosões ocorridas na noite de quarta-feira que resultaram na morte de um homem. A área havia sido isolada para a segurança pública enquanto as autoridades investigavam o caso. Além disso, o tráfego de veículos na Esplanada dos Ministérios também foi suspenso, mas foi liberado após a inspeção. A liberação das áreas só aconteceu após a avaliação e autorização das equipes de segurança.
Praça dos Três Poderes (Foto: reprodução/Dircinha Welter/Getty Images Embed)
A morte do suspeito
Na noite desta quarta-feira (13), um homem de 59 anos morreu ao tentar invadir o prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) usando explosivos. Antes disso, ele havia detonado um carro com artefatos no estacionamento da Câmara dos Deputados.
O homem, identificado como ex-candidato a vereador pelo PL em Rio do Sul–SC em 2020, onde obteve 98 votos sem ser eleito, aproximou-se da entrada do STF nesta quarta-feira por volta das 19h30. Ao chegar próximo à estátua da Justiça, ele acionou os explosivos. A explosão, que pôde ser ouvida dentro do prédio, aconteceu logo após o encerramento da sessão do plenário, levando à evacuação do local.
O suspeito expressou em publicações no Facebook comentários com tom subliminar:
“Cuidado ao abrir gavetas, armário, estantes, depósito de matérias, etc.”
Câmara estava em votação durante a explosão
Os deputados estavam debatendo a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que busca ampliar a imunidade tributária para as igrejas, ou seja, reduzir ou isentar impostos para essas instituições religiosas. Durante a sessão, surgiu a notícia das explosões nas proximidades do Supremo Tribunal Federal (STF), o que gerou reações e protestos entre os parlamentares. Alguns criticaram a decisão de continuar a sessão legislativa mesmo após o incidente violento, considerando que tal atitude refletia uma “banalização da violência”.
Eles mencionaram os atos de vandalismo ocorridos em 8 de janeiro, também na Praça dos Três Poderes, como um exemplo da crescente agressividade em atos contra as instituições públicas. A comparação visava destacar o perigo de minimizar ataques a autoridades, reforçando a importância de tratar com seriedade incidentes de segurança no local.