Um novo produto para emagrecimento, sem autorização para venda no Brasil, vem sendo introduzido ilegalmente no país, conforme noticiado no programa Fantástico neste domingo, pela Rede Globo. As canetas de Mounjaro, umas das concorrentes do Ozempic, têm preço de R$ 1.200 na Europa e chegam a ser comercializadas no mercado negro por valores até quatro vezes superiores aqui no Brasil.
Muitas das ocorrências foram registradas no Aeroporto do Galeão, na Zona Norte do Rio, onde os suspeitos foram identificados por reconhecimento facial.
Falta de receita é um problema
De acordo com a delegada da Alfândega do Aeroporto do Galeão, Patrícia Miranda, alguns passageiros viajam escondendo os produtos e os trazem sem receita. Ela esclareceu que o procedimento permitido é a importação por pessoa física. Assim, um passageiro ou paciente pode transportar a mercadoria em sua bagagem, desde que apresente a receita médica ou realize uma importação para uso pessoal, desde que a receita seja compatível com o tratamento necessário. Por isso, vários passageiros tentam burlar a receita, fornecendo prescrições que não condizem com o tratamento em questão.
Mesmo com o alto custo, o remédio se tornou bastante procurado por pessoas que buscam emagrecer. Mas, de acordo com a fabricante, ele só deve chegar às farmácias do Brasil a partir de 7 de junho.
Diversas apreensões
Somente nos dois primeiros meses deste ano, a Receita Federal já interceptou 470 canetas, número que ultrapassa com folga as 292 apreendidas ao longo de todo o ano passado.


No final de março, duas mulheres que chegaram ao Aeroporto do Galeão em um voo vindo de Madri foram detidas por contrabando, o produto estava debaixo das roupas e elas foram identificadas por reconhecimento facial utilizado pelo aeroporto.
Por conta do aumento da fiscalização, os criminosos começaram a utilizar diferentes métodos para esconder os produtos, como tentar disfarçar junto de kits de canetinhas infantis e até guardá-los dentro da cueca.