Restrição de silêncio de Donald Trump é parcialmente revogada nos Estados Unidos

Raniel Macêdo Por Raniel Macêdo
3 min de leitura
Ex-presidente Donald Trump (reprodução/Getty Images embed/Bloomberg)

O retorno do direito a fala do ex-presidente Donald Trump sobre testemunhas de seu julgamento se tornou verídico nos Estados Unidos, nesta terça-feira (25).

De volta a palavra

Partes da ordem de silêncio, que impedia o ex-presidente dos Estados Unidos de se manifestar publicamente sobre testemunhas de seu julgamento, foi revogada mediante movimentação judicial.

Entretanto, a fala de Trump quanto ao assunto ainda possui algumas limitações: mesmo que o republicano possa agora trazer o nome de pessoas como Michel Cohen, seu ex-advogado e também da musa de filmes adultos Stormy Daniels, ele ainda é proibido de falar sobre promotores, funcionários do tribunal ou seus familiares. Parte da restrição foi mantida pelo juiz, Juan Merchan e se manterá de pé ao menos até que a sentença do empresário seja anunciada.

A nova decisão divulgada nesta terça-feira (25) também eleva o nível de declarações públicas permitidas, entretanto, mantém nas observações que a divulgação de qualquer dado de identificação pessoal dos jurados é proibido.

Novas circunstâncias

Merchan reverteu parte das imposições em detrimento da mudança de circunstâncias, uma vez que Trump foi condenado por 34 acusações de falsificação de registros comerciais.

Um fato sobre a decisão de reversão é que ela aconteceu dois dias antes do debate de Donald Trump com um de seus grandes rivais políticos, o democrata Joe Biden, onde a situação judicial do republicano provavelmente se tornará pauta.

O juiz alega que suas restrições de silêncio foram estritamente adaptativas em visão de abordar as preocupações quanto ao discurso extrajudicial de Trump e observa que foram mantidas pelos tribunais de recursos durante o julgamento. Merchan ainda reconheceu sua relutância quanto a suspensão da restrição, uma vez que existem fortes evidências para justificá-las.


Foto de Juan Merchan, juiz no caso Trump
Juan Merchan, juiz do caso de Trump e o suborno da estrela de filmes adultos Stormy Daniels (reprodução/Foto AP/Seth Wenig)

Merchan justificou as partes mantidas, ou seja, a proteção para funcionários dos tribunais e sua família, como uma forma de fazê-los se sentirem protegidos para execução de suas funções antes do julgamento, livres de ameaças, intimidações, assédios e danos.

Silêncio

Donald Trump recebeu restrição de silêncio em março deste ano, após pedido direto dos promotores que foram atendidos pelo juiz Juan Merchan.

A ordem de restrição contra o republicano foi acionada após diversas declarações insustentáveis feitas pelo ex-presidente em suas redes sociais. Elas envolviam figuras presentes em seu caso jurídico, como suas testemunhas. Mesmo restrito, Trump não se calou e violou a ordem por 10 vezes, sendo multado em US$ 10 mil e com a possibilidade de prisão citada.

Seguir
Formado em Design Gráfico, mas com o coração sempre voltado para a escrita, busco me aventurar cada vez mais na área que tanto admiro. Encontrei na oportunidade como redator um caminho para crescer e me desenvolver profissionalmente, desbravando uma área vasta e, muitas vezes, subestimada. Posso não ter muito a dizer, mas tenho um universo inteiro para escrever.
Deixe um comentário

Deixe um comentário Cancelar resposta

Sair da versão mobile