Rússia ataca instalações de energia na Ucrânia e deixa mais de 200 mil pessoas sem luz 

Sofia Souza Por Sofia Souza
3 min de leitura
Ucrânia tem mais de 200 mil pessoas sem energia após ataque russo e Volodymyr Zelensky, presidente do país, solicita apoio do Ocidente. Reprodução/Mykola Tys/Global Ukraine

Nesta quinta-feira (11), mísseis e drones disparados pela Rússia atingiram uma usina de eletricidade perto de Kiev, na Ucrânia, deixando mais de 200 mil pessoas sem energia elétrica. Ainda não há confirmação sobre mortos ou feridos. 

De acordo com a informação obtida pela agência de notícias Reuters, o ataque teria destruído completamente a usina de Trypilska, que é movida à carvão, deixando milhares de pessoas sem luz nas regiões de Odesa, Kharkiv, Zaporizhzhia, Lviv e Kiev. 

Ao todo, cerca de 80 mísseis e drones russos foram lançados contra a Ucrânia nesta quinta-feira (11), desses, 18 mísseis e 39 drones foram abatidos pela Defesa Aérea do país. 

Presidente ucraniano pede ajuda do Ocidente 

Cerca de 10 mísseis foram lançados na cidade de Kharkiv, localizada a cerca de 30km da fronteira com a Rússia, forçando a empresa que fornece energia elétrica na Ucrânia a cortar o fornecimento de eletricidade para mais de 200 mil pessoas. 

Após o ataque, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu ajuda ao Ocidente através do aplicativo de mensagens Telegram, condenando o ataque como “terrorista”. “Precisamos de defesa aérea e outros apoios de defesa, não de discussões longas e fechadas”, escreveu  Zelensky. 


Volodymyr Zelensky solicita ajuda do Ocidente para lidar com a crise de energia que assola o país após os ataques russos desta quinta-feira (11). (Foto: Reprodução/Ukrainian Presidency)

Os apelos da Ucrânia por suprimentos  de defesa aérea ao Ocidente foram intensificados desde que as tropas russas renovaram seus ataques aéreos de longo alcance ao sistema de energia ucraniano em março deste ano. 

A guerra

A guerra entre Rússia X Ucrânia já se alastra a mais de dois anos, com início em fevereiro de 2022, as tropas russas invadiram o território ucraniano sob pretexto de que estariam realizando uma “operação militar especial”

No entanto, o conflito que teve início em 2022, na verdade possui uma escalada desde 2014 quando a Rússia anexou a Crimeia, originalmente pertencente aos ucranianos, como posse de seu território. Nesse contexto, desde esta anexação, um acúmulo de tropas russas passaram a rondar a fronteira entre os dois países. Nesse contexto, após uma tentativa de integração com a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), iniciada pelo atual presidente ucraniano,  Volodymyr Zelensky, o volume de militares russos na fronteira entre os dois países passou a crescer cada vez mais. De acordo com Vladimir Putin, presidente da Rússia, a participação ucraniana na OTAN representava uma “ameaça a segurança” de seu país e exigiu que a Ucrânia fosse permanentemente impedida de ingressá-la.

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