Capital da Ucrânia, Kiev, foi alvo, na manhã desta quinta-feira (24), do ataque mais mortal registrado nos últimos nove meses. A ofensiva russa ocorreu poucas horas após o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusar o líder ucraniano Volodymyr Zelensky de atrapalhar as negociações de paz com Moscou.
O bombardeio mais mortal desde o início da guerra
Segundo os serviços de emergência, ao menos 12 pessoas morreram e mais de 90 ficaram feridas em consequência do bombardeio, que atingiu 13 diferentes locais em Kiev, incluindo prédios residenciais e estruturas de infraestrutura civil. As autoridades locais informaram que os trabalhos de resgate continuam, pois há possibilidade de vítimas ainda presas sob os escombros.
Este é o ataque mais mortal registrado na capital ucraniana desde julho de 2024, quando 33 pessoas morreram após um bombardeio que destruiu um hospital e bairros residenciais.


Reprodução: Drone equipado com granada(Foto/Pierre Crom/Gettyimages)
Ministério de Defesa russo
Em nota oficial, o Ministério da Defesa da Rússia afirmou ter conduzido
“Um ataque massivo com armas aéreas, terrestres e marítimas de alta precisão e longo alcance”
Incluindo o uso de veículos aéreos não tripulados. Segundo Moscou, os alvos da ofensiva foram empresas dos setores aeroespaciais, de engenharia mecânica, indústrias militares e fábricas de produção de combustível para foguetes e pólvora.
“Todos os objetivos foram alcançados”
Declarou o governo russo
A ofensiva provocou forte reação do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que anunciou o retorno antecipado de sua visita oficial à África do Sul, onde havia chegado na noite anterior. Em mensagem publicada nas redes sociais, Zelensky destacou a gravidade da situação e reforçou a necessidade de apoio internacional.
“É extremamente importante que o mundo veja e compreenda o que está acontecendo aqui”
Afirmou o presidente ucraniano
Zelensky também relembrou que a Ucrânia havia concordado com um cessar-fogo total há 44 dias, seguindo uma proposta dos Estados Unidos.
“E durante esse tempo, a Rússia continua matando nosso povo, sem enfrentar consequências ou pressões reais da comunidade internacional”
Criticou o presidente da Ucrânia
A nova escalada do conflito reacende os alertas sobre a fragilidade da trégua e deve intensificar os apelos ucranianos por reforço nas defesas aéreas e maior atuação dos aliados ocidentais diante da contínua ofensiva russa.