Rússia repreende EUA por promessas de sanções à China

Rhayra Hallen Por Rhayra Hallen
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Foto destaque: bandeira russa hasteada ao lado do edifício da embaixada dos EUA em Moscou em 2021 (Foto/Reprodução/NATALIA KOLESNIKOVA/AFP via Getty Images Embed)

Nesta quarta-feira (05), o Kremlin respondeu aos comentários de Janet Yellen, secretária do Tesouro dos Estados Unidos.

Janet Yellen afirmou que Washington não aceitaria que a China aumente suas exportações de bens de “dupla utilização” para a Rússia, e que responderia com sanções.

Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, considerou o tom de Washington inaceitável.
“Estamos bem cientes de que os nossos camaradas chineses não aceitam tal linguagem, não aceitam tais mensagens e tais ameaças, tais chantagens”, pontuou ele. Peskov também reforçou que Moscou era solidária com Pequim.

O que diz os EUA

Os Estados Unidos bate na tecla que ao oferecer bens com aplicações civis e militares (os chamados de “dupla utilização” por Janet), a China estaria contribuindo com a continuidade da guerra entre Rússia e Ucrânia.

“A China é o principal fornecedor de ferramentas e maquinário usados em microeletrônica e nitrocelulose, que são fundamentais para a fabricação de munições e propulsores de foguetes, e outros itens de dupla utilização que Moscou está usando para aumentar sua base industrial de defesa”, comentou o secretário de Estado Antony Blinken em abril, quando visitou Pequim.

A fala do secretário reforça as consequências das exportações no “esforço de guerra” da Rússia.

“Fui extremamente clara aos mais altos níveis do governo chinês que isto é algo que não toleraremos e que pretendemos sancionar esta atividade”, disse Yellen sobre as exportações, reforçando que o Tesouro dos Estados Unidos também está bastante preocupado com a relação dos países.

Peskov não baixa a guarda


Secretário de imprensa presidencial russo, Dmitry Peskov (Foto: reprodução/ Embed from Getty Images).


Dmitry não aceitou o tom dos Estados Unidos e expressou a importância da economia chinesa no mundo. “Mesmo os Estados Unidos dificilmente se podem dar ao luxo de falar nesse tom. Talvez nem todos na liderança da América tenham compreendido isto neste momento, mas com o tempo irão compreender”, respondeu duramente o porta-voz.

Peskov afirmou que os chineses não gostam dos pronunciamentos dos EUA e que o Kremlin é solidário e considera “tal tom, tais ameaças, inapropriadas”.

Enquanto a Rússia sofre sanções em quase todo o Ocidente pela guerra com a Ucrânia, a China mantém uma forte relação comercial com o país, estima-se que o comércio bilateral atingiu US$ 240,1 bilhões no ano passado.

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Rhayra Hallen é estudante do último período de Jornalismo, apaixonada pelo universo da comunicação e atua atualmente como redatora, assistente de comunicação e social mídia
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