São Paulo registra temperaturas mais altas e clima seco recorde em junho

Fernanda Eirão Por Fernanda Eirão
3 min de leitura
Foto destaque: São Paulo registra temperaturas acima da média histórica para o mês de junho (Reprodução/Konevi/Pixabay)

O Centro de Gerenciamento de Emergências da Defesa Civil estadual (CGE) registrou um novo recorde de temperaturas para a cidade de São Paulo. A capital paulista registrou um clima atípico para junho de 2024, com temperaturas altas e falta de precipitação. Essa combinação aumenta o risco de incêndios e doenças respiratórias na população.

Situação extrema no interior

Os termômetros da capital paulista atingiram a máxima de 28,8ºC, superando a média histórica de 22,6ºC. A cidade não presenciava um calor tão grande desde a década de 60.

Entretanto, o interior do estado se vê em uma situação ainda pior. Regiões como Presidente Prudente e o Vale do Paraíba tiveram temperaturas máximas de 50% acima da média e cidades como Campinas, Bauru e Ribeirão Preto tiveram temperaturas de 20% a 30% acima do usual. 


As altas temperaturas em São Paulo bateram recorde histórico para o mês de junho (Foto: reprodução/Ales Veluscek/Getty Images embed)


A situação é agravada pela falta de chuvas, que no mês de junho, normalmente seria de 50,3 mm. Segundo o CGE, São Paulo também não teve um dia sequer de chuva durante o mês de junho, um fenômeno que não era visto na cidade desde 1998. 

A combinação de temperaturas altas e clima seco pode ser muito perigosa tanto para a saúde humana quanto para o meio ambiente. A região centro-oeste do país, que é tipicamente seca durante o inverno, entrou em estado de emergência por causa do risco de incêndios florestais. Segundo o Inmet, estados como o Tocantins, Minas Gerais e Goiás enfrentam uma grave crise de umidade que persiste há semanas. 

Os riscos na época mais seca do ano

O risco de incêndios em áreas florestais aumenta em épocas de estiagem e baixa umidade. As regiões sudeste e centro-oeste estão em risco durante os meses do inverno, tendo seus lugares marcados no Mapa de Risco de Incêndio da Defesa Civil praticamente garantidos durante este período do ano.

Na maioria dos casos, são as ações humanas que ocasionam os incêndios. Ações como jogar uma bituca de cigarro ou queimar lixo ou pasto são um risco à mata e aos animais silvestres, causando danos ambientais devastadores.

Mas o meio ambiente não é o único em risco. Com o clima mais seco, muitas doenças que atingem as mucosas e a pele também têm mais incidência, atingindo principalmente as crianças e a população idosa, que são mais vulneráveis a doenças respiratórias.

Por isso intensificam-se as campanhas de conscientização, para que a população possa ajudar no combate a incêndios e cuidar da saúde neste período delicado.

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