Secretário de Estado dos EUA afirma que Ucrânia deve abdicar de territórios ocupados pela Rússia

Ucrânia quer propor um acordo de cessar-fogo nos combates por céu e mar, na tentativa de caminhar rumo à paz na guerra contra a Rússia

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Guerra
Foto destaque: Marco Rubio afirma que Ucrânia deve abrir mão de territórios invadidos pela Rússia, para obter acordo de paz (reprodução/SAUL LOEB/POOL/AFP/Getty Images Embed)

O secretário de Estado dos EUA declarou, nesta segunda-feira (10), que a Ucrânia teria que desistir de territórios ocupados ilegalmente pela Rússia, caso deseje um acordo de paz. Ele ainda afirma que não houve ameaça de corte do acesso à Starlink e que continuam a compartilhar informações com a Ucrânia.

A tentativa de chegar à paz

Marco Rubio, secretário de Estado, dos Estados Unidos, fez uma declaração, durante uma entrevista, afirmando que para que a Ucrânia possa obter um acordo de paz, eles deverão renunciar a territórios invadidos pela Rússia, durante a guerra.

Volodymyr Zelensky, o presidente da Ucrânia, desembarcou para uma reunião com o primeiro-ministro da Arábia Saudita, Mohammad bin Salman. No mês de fevereiro, os sauditas receberam representantes dos EUA e da Rússia, porém os ucranianos acabaram ficando de fora.

Nesta terça-feira (11) ocorrerá uma conversa entre os EUA e a Ucrânia, porém não contará com a presença do presidente ucraniano, que será representado pelo chefe do gabinete presidencial e os ministros das Relações Exteriores e da Defesa.


Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em encontro com representantes políticos de países da Europa (Foto: reprodução/Nicolas Economou/NurPhoto/Getty Images Embed)


A intenção da Ucrânia é propor um cessar-fogo nos combates aéreos e marítimos. Em entrevista feita no seu avião rumo à Jeddah, Marco Rubio considerou a proposta do encerramento dos combates pelo céu e mar, porém afirmou que a melhor chance da Ucrânia de conseguir o cessar-fogo é de permitir que os russos fiquem com os territórios que conquistaram da Ucrânia, durante os conflitos.

Os russos não podem conquistar toda a Ucrânia e, obviamente, será muito difícil para a Ucrânia, em qualquer período de tempo razoável, forçar os russos a regressar ao ponto onde estavam em 2014. Temos que sair daqui com a sensação de que a Ucrânia está preparada para fazer coisas difíceis, como os russos terão que fazer coisas difíceis para acabar com este conflito ou pelo menos interrompê-lo de alguma forma”, afirmou Rubio.

O secretário de Estado americano desmentiu as acusações de soldados ucranianos, que disseram que a Starlink, empresa fornecedora de internet de Elon Musk, estava enviando suas coordenadas para a Rússia. Ele ainda disse que os Estados Unidos seguem compartilhando informações com a Ucrânia e que não há ameaça de corte do acesso à Starlink.

A situação do conflito

No ano de 2014 a Rússia anexou a península da Crimeia. Após o começo da invasão, em 2022, as regiões de Zaporizhzhya, Kherson, Luhansk e Donetsk foram dominadas pelos russos.


Presidente da Rússia, Vladimir Putin, durante encontro no Kremlin, em Moscou (Foto: reprodução/MIKHAIL METZEL/POOL/AFP/Getty Images Embed)

A Europa tenta avançar planos para garantir a paz na Ucrânia, por meio de forças enviadas, caso o acordo entre os ucranianos e os russos seja feito. O presidente da França, Emmanuel Macron, organizou um encontro para esta terça-feira (11), com representantes de mais de 30 países.

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