Sem passaporte, Bolsonaro pede autorização do STF para viajar até Israel 

Rafael Luz Assis Por Rafael Luz Assis
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Foto destaque: Jair Bolsonaro (reprodução/Getty Images Embed)

Através de seus advogados, Bolsonaro solicitou nesta semana a devolução do passaporte apreendido em fevereiro na esteira da operação “Tempus Veritatis” da Polícia federal. 

PF apreendeu o passaporte em fevereiro

A PF, que já havia indiciado Bolsonaro por fraude e associação criminosa no inquérido dos cartões de vacina, ao mesmo tempo investigava sobre a suposta tentativa de golpe de Estado, sendo que no dia 08/02 acabou deflagrando uma operação autorizada pelo Supremo Tribunal de Federal, na figura do ministro Alexandre de Morais. Na oportunidade foram cumpridos 33 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva. 


Jair Bolsonaro em marcha da Avenida Paulista (Foto: reprodução/ Getty Images Embed)


Bolsonaro que não teve seu nome entre as ordens de prisão, teve que entregar seu passaporte e na oportunidade também foi proibido de entrar em contato com os outros investigados. 


Post da Polícia Federal no X no dia da Operação Tempus Veritatis (reprodução/@policiafederal)

Convite de Bibi Nethanyahu

O Ex-presidente solicitou agora a devolução de seu passaporte para viajar para Israel informando que foi convidado por Benjamin Netanyahu para visitar o país em maio. O pedido pode ser analisado pela segunda turma ou plenário do Supremo, mas ainda não tem data para ocorrer. 

A solicitação acontece na mesma semana em que o jornal internacional The New York Times publicou vídeos em que o ex-presidente se encontrava na embaixada da Hungria em São Paulo entre os dias 12 e 14 de fevereiro, ou seja, logo após a operação da Polícia Federal que apreendeu seu passaporte. A suspeita é que o investigado estivesse tentando se proteger de um eventual pedido de prisão e, pedir asilo político no país. 

Existem advogados defendendo que as embaixadas são consideradas territórios dos países correspondentes e em tese estariam fora da jurisdição brasileira, outros que embaixadas têm direito à inviolabilidade, mas não são território estrangeiro. 

No meio desse imbróglio jurídico, o juiz Moraes solicitou esclarecimentos a Bolsonaro, que por meio de sua defesa, declarou que é ilógico sugerir que a visita à embaixada se tratasse de uma tentativa de fuga, pois o mesmo estaria contribuindo para as investigações. 

No pedido da defesa, o ex-presidente pede para viajar a Israel entre os dias 12 e 18 de maio. 

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