Nesta sexta-feira (18), os cristãos das mais diversas vertentes celebram a “Sexta-Feira Santa”, um feriado nacional carregado de significado religioso.
A data marca a crucificação e a morte de Jesus Cristo, sendo o ponto culminante da Semana Santa e antecedendo o Sábado de Aleluia e o Domingo de Páscoa, que celebra a ressurreição de Jesus.
Consumo de peixe tem simbolismo histórico
Durante esta data, é comum que fiéis se dediquem à reflexão, à penitência e ao luto pela paixão de Cristo. Uma das tradições mais observadas é o jejum parcial ou a abstinência do consumo de carne vermelha, substituída geralmente por frutas, legumes, ovos e, principalmente, peixes.
Segundo a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o consumo de peixe é considerado uma forma de praticar o jejum e a abstinência. Além disso, o animal carrega um forte simbolismo na tradição cristã, sendo associado aos milagres de Jesus, como a multiplicação dos pães e peixes narrados nos evangelhos.
Nos primórdios do cristianismo, a palavra grega para “peixe” tornou-se um acrônimo para “Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador”, funcionando como um símbolo de identificação entre os primeiros cristãos.
Peixe é o alimento mais consumido na Sexta-Feira Santa (Foto: reprodução/Ian Waldie/Getty Images Embed)
Somente uma data é considerada como feriado
A definição do dia da Semana Santa, e consequentemente da Sexta-Feira Santa, também conhecida como “sexta-feira da Paixão”, varia a cada ano e remonta ao século IV, no ano de 325.
Durante o Concílio de Niceia, a Igreja Católica estabeleceu que a celebração ocorreria no primeiro domingo subsequente à primeira lua cheia após o equinócio de primavera no Hemisfério Norte, outono no Hemisfério Sul.
Portanto, para encontrar a data da Páscoa, soma-se 46 dias à Quarta-feira de Cinzas, o dia que sucede o Carnaval.
Enquanto o Domingo de Páscoa não é considerado feriado nacional no Brasil, a Sexta-Feira Santa, celebrada em 2025 neste 18 de abril, é um feriado oficial em todo o território nacional.