Suprema corte pode sentenciar Trump a crime de suborno no caso Stormy Daniels

Se concluída a sentença, Trump será o primeiro a ocupar a cadeira presidencial dos EUA enquanto sentenciado a um crime

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Presidente eleito dos EUA, Donald Trump
Foto destaque: Presidente eleito dos EUA, Donald Trump (Reprodução/Justin Lane/GettyImages Embed)

O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, pode ser sentenciado em um caso de suborno, nesta sexta-feira (10), em Nova York. A Suprema Corte tomou a decisão, nesta quinta-feira (09), de que a sentença será proferida às 9h30 (11h30 horário de Brasília). 

Por 5 votos a 4, a Suprema Corte rejeitou o pedido urgente do republicano para adiar o processo. Desta forma, a condenação poucos dias antes da posse de Trump em 20 de janeiro se torna uma conjuntura possível.

Trump é investigado no caso de falsificação de registos comerciais sobre pagamentos ao seu então advogado para subornar a atriz de filmes adultos Stormy Daniels. O suborno teria sido para silenciar a atriz sobre uma suposta relação que eles teriam tido antes das eleições de 2016.

Apesar de não haver possibilidade de pena de prisão, a sentença, se concluída, entrará para história como a primeira vez em que alguém condenado por crime ocupa a presidência dos Estados Unidos.


Donald Trump (Foto:Reprodução/Getty Images News/Pool/Getty Images Embed)


Desenrolar do julgamento

“Imunidade presidencial”. Este termo tem sido frequente nas manobras legais da defesa de Trump no caso. Os advogados afirmam que a imunidade concedida em julho para atos de um presidente em exercício, deveria valer também para um presidente eleito. Mas, afinal, o que diziam estes termos definidos para imunidade presidencial?

De acordo com esclarecimento dos magistrados, ainda em julho de 2024, o presidente da república: 

  • Têm imunidade absoluta por seus atos no exercício de seus poderes constitucionais essenciais (ou no âmbito de sua autoridade constitucional conclusiva e preclusiva);
  • Têm pelo menos uma presunção de imunidade por (quaisquer outros) atos oficiais;
  • Não têm imunidade alguma por seus atos não oficiais.

Assim, o principal argumento dos juízes do caso contra a defesa de Trump é de que ele foi “acusado, julgado e condenado por uma conduta que ele admite que é totalmente não oficial”. Ou seja, o fato de Trump ser o presidente em exercício ou eleito não iria alterar o fato de que ele não está sendo investigado por um ato oficial.

Últimas decisões dos juízes

O juiz que deve anunciar o sentenciamento de Trump, Juan Merchan, revelou, na semana passada, que deverá conceder a Trump uma ‘dispensa incondicional’. Essa decisão iria declarar o magnata como culpado, mas sem nenhum tipo de pena de prisão, multa ou liberdade condicional. 

Donald Trump chamou o juiz Merchan de “corrupto” em sua plataforma de rede social, Truth Social. Este é o único dos quatro casos em que ele foi acusado que foi a julgamento.

Apesar de ser um sentenciamento apenas simbólico, a defesa de Trump a combate por questões imagéticas, visto que nunca antes na história dos EUA um presidente teria se sentado na cadeira presidencial enquanto considerado criminoso.

Estudante de jornalismo apaixonado por cinema e literatura.
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