Nesta quarta-feira (28), foi definido por juíza do estado de Illinois, que o ex-presidente Trump não poderia comparecer nas votações durante o atual período das primárias republicanas do estado, decisão que foi definida com base no desempenho do mesmo no ataque ao Capitólio dos Estados Unidos, ocorrido em 6 de janeiro de 2021.
Chance de recorrer
Assim como fez com uma decisão semelhante tomada no estado do Colorado, na qual ainda se encontra pendente na Suprema Corte dos EUA, Trump conseguiu com que a decisão em Illinois fosse suspensa, ao menos por um tempo, para que tenha a chance de recorrer. Vale ressaltar que Trump já obteve sucesso com processos semelhantes em muitos outros estados, além de também citar que Illinois é o terceiro estado a tomar este tipo de medida contra o ex-presidente, seguindo Colorado e Maine.
Razão da medida
Tracie Porter, juíza do circuito do condado de Cook, considerou o pedido dos eleitores de Illinois, que pediram a desqualificação de Trump nas votações para eleições gerais por conta de violar a cláusula anti-insurreição da 14ª Emenda da Constituição dos EUA.
Os advogados do ex-presidente ressaltaram durante uma audiência no final de janeiro, a diferença entre um “motim” e uma “insurreição” e questionaram que o mesmo deveria ser acusado de um crime antes mesmo de ser afastado do cargo. “É importante entender por que essa multidão se reuniu e o que eles estavam realmente tentando fazer?”
“Tratou-se de um ato governamental e não há indicação de que os manifestantes tivessem algum plano. Eles estavam apenas com raiva” – destaca Nicholas Nelson, advogado de Trump, que também descreveu os atos do dia 6 de janeiro de 2021 como um “motim político”.
A contestação feita em Illinois foi exposta por um grupo de eleitores em coordenação com o Free Speech For People – grupo de defesa jurídico – que anteriormente havia tentado (sem sucesso) barrar Trump das urnas de Michigan, Minnesota e Oregon.