Nesta quinta-feira (28), a Polícia Civil do Maranhão (PC-MA) prendeu três pessoas suspeitas de participação no assalto a um circo e no estupro de uma artista circense em Central do Maranhão, a 68 km de São Luís. O governador do estado, Carlos Brandão (PSB), confirmou a informação em suas redes sociais. Segundo ele, outros cinco envolvidos já foram identificados e estão sendo procurados pelas autoridades. Até o momento, não há detalhes sobre a localização das prisões ou a identidade dos detidos.
As investigações apontaram que o responsável pelo estupro da artista circense Camila Gomes, ocorrido na última sexta-feira (23), é um adolescente de 17 anos. Ele foi identificado após retirar a máscara durante o crime, o que permitiu o reconhecimento por parte da vítima. Em um relato feito na quarta-feira (27), Camila afirmou que o jovem chegou a disparar contra ela e cometeu o ato na presença de sua filha, de apenas 1 ano.
A Circense, Camila (Foto: reprodução/Instagram/@camila_gomes_circo)
Relato de Camila
Camila Gomes relatou que os criminosos agiram com violência, arrastando-a pelos cabelos e levando-a para o trailer onde sua filha, de apenas 1 ano, estava dormindo. Um dos agressores chegou a disparar contra ela, mas a bala não a atingiu. “Eu senti Deus comigo. Ele fez com que a bala não acertasse“, declarou Camila, emocionada. Apesar do choque, ela afirmou estar tentando se manter forte por sua família, embora ainda enfrente as consequências do trauma.
Familiares
Os criminosos, agressivos, roubaram dinheiro e pertences pessoais e, além do estupro da jovem artista, agrediram outros membros da equipe circense, incluindo dois idosos, um deles portador de Alzheimer.
A Polícia Civil conseguiu recuperar parte dos itens roubados, mas ainda busca prender todos os envolvidos. Em decorrência do trauma, o circo decidiu cancelar suas apresentações e deixar a cidade. A vítima recebeu atendimento médico e psicológico, enquanto sua família, natural do Pará e em turnê, expressou indignação e clamor por justiça diante do medo e da impotência.
A dona do circo, Poliana Ostok, destacou o desespero e a revolta da família após o crime, reforçando o impacto devastador do ocorrido.