O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta terça-feira (8) que acredita na possibilidade de um acordo comercial com a China, enfatizando que Pequim deseja uma resolução, mas enfrenta dificuldades para iniciar as negociações.
As declarações ocorrem em meio a uma escalada de tarifas entre as duas maiores economias do mundo, com ameaças de novos impostos sobre produtos chineses.
China busca acordo comercial, mas enfrenta obstáculos
Trump afirmou que a China deseja “desesperadamente” alcançar um acordo comercial com os Estados Unidos, mas não sabe como iniciar as negociações. O presidente americano mencionou que espera uma ligação do líder chinês, Xi Jinping, para dar continuidade às conversas.
Pequim, por sua vez, tem reiterado sua oposição às tarifas impostas por Washington e enfatizado a necessidade de resolver as disputas comerciais por meio do diálogo e respeito. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês destacou que o país tomará as medidas necessárias para defender seus interesses legítimos.
Além disso, especialistas apontam que o prolongamento das tensões entre os dois países pode impactar negativamente a economia global. Investidores e mercados observam com cautela os desdobramentos das negociações, enquanto cadeias produtivas inteiras seguem sendo afetadas pela incerteza tarifária.
EUA utilizam tarifas como ferramenta de acordo
Trump tem utilizado as tarifas como uma ferramenta estratégica para pressionar a China a aceitar termos mais favoráveis nas negociações comerciais. O presidente americano estabeleceu prazos para que Pequim retire suas tarifas recíprocas, ameaçando impor novos impostos que poderiam elevar as tarifas totais a 104%.
Trump diz que irá subir ainda mais as taxas contra o país asiático (Vídeo:Reprodução/YouTube/@UOL)
Além disso, Trump mencionou que está aberto a fazer acordos para reduzir tarifas, desde que os Estados Unidos recebam algo em troca. Ele citou a possibilidade de um acordo relacionado ao TikTok como exemplo, embora tenha esclarecido que não há negociações em andamento nesse sentido.
Analistas políticos destacam que essa retórica agressiva faz parte da estratégia eleitoral de Trump, que busca reforçar sua imagem de líder firme perante o eleitorado americano. Mesmo com os riscos diplomáticos envolvidos, o presidente insiste em manter o tom de desafio, apostando na recuperação da indústria nacional como trunfo político.