Trump anuncia que não haverá isenção nas tarifas de aço e alumínio

Presidente dos Estados Unidos confirma a adoção de taxas recíprocas a partir de abril

3 min de leitura
Presidente Donald Trump
Foto Destaque: Presidente Donald Trump faz comentários sobre o relatório de empregos do Salão Oval da Casa Branca (Reprodução/Anna Moneymaker/Getty Images embed)

Em recente declaração, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que não pretende criar isenções sobre as tarifas de aço e alumínio, e disse que taxas recíprocas e setoriais serão adotadas em 2 de abril, reforçando sua posição protecionista em relação ao comércio internacional. O anúncio ocorre em meio a uma crescente tensão comercial e implementação de tarifas de 25% sobre a importação desses metais, que entrou em vigor em março, apenas um mês após a assinatura de Trump. As tarifas visam proteger a indústria americana.

Tarifas recíprocas e setoriais

Tarifas recíprocas, conforme defendidas por Trump, significam que “se eles nos taxarem, nós taxaremos na mesma quantia”. Ou seja, isso implica que, caso um país imponha tarifas elevadas sobre produtos americanos, os EUA responderão com taxas equivalentes sobre os bens desse país. Essa abordagem visa pressionar parceiros comerciais a reconsiderar suas tarifas. Por exemplo, se os Estados Unidos impuserem tarifas recíprocas, isso pode elevar os custos sobre muitas importações, ao mesmo tempo que incentiva organizações como a União Europeia a amenizar suas taxas.

Maiores fornecedores de aço para os EUA

  1. Canadá: 5,95 milhões de toneladas (22,7%)
  2. Brasil: 4,08 milhões de toneladas (15,6%)
  3. México: 3,19 milhões de toneladas (12,2%)
  4. Coreia do Sul: 2,55 milhões de toneladas (9,7%)
  5. Vietnã: 1,24 milhão de toneladas (4,7%)
  6. Japão: 1,07 milhão de toneladas ($4,1%)
  7. Alemanha: 974 mil toneladas (3,7%)
  8. Taiwan: 918 mil toneladas (3,5%)
  9. Holanda: 557 mil toneladas ($2,1%)
  10. China: 470 mil toneladas (1,8%)

Fonte: Departamento de Comércio dos EUA

Brasil entre os principais afetados

O Brasil, que ocupa a segunda posição como fornecedor de aço e alumínio para os EUA, portanto, deve sentir os impactos dessas tarifas no setor siderúrgico. De acordo com o estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), essa tarifa pode resultar em uma redução de 2,19% na produção siderúrgica brasileira, uma contração de 11,27% nas exportações de aço e uma diminuição de 1,09% nas importações.

O cenário continua a se desenvolver, e as consequências das tarifas recíprocas ainda estão por vir, levantando preocupações para o futuro da indústria siderúrgica brasileira e as relações comercias internacionais.

Sair da versão mobile