Após meses de debates no tribunal, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pagou uma fiança no valor de US$ 83,3 milhões, o equivalente a mais de 400 milhões de reais na cotação atual. O pagamento foi feito como condição para que ele possa ter a chance de recorrer ao veredito contra ele no caso de difamação movido pela jornalista E. Jean Carroll, que o acusa de tê-la estuprado em um provador de uma loja de luxo na década de 90.
Caso parecia encerrado
O caso, que parecia ter sido encerrado quando em 26 de janeiro Trump recebeu a condenação de indenizar a jornalista, no processo ela o acusa de difamação como resultado de declarações feitas pelo ex-presidente. Em algumas de suas falas, ele negou a acusação de estupro, dizendo que Carroll “não fazia seu tipo” e alegando que ela tinha inventado a denúncia para aumentar as vendas de seu livro.
Em um dos momentos mais controversos da saga do processo foi quando ele tentou conseguir imunidade no processo devido a ocupar o cargo de presidente na época em que as declarações foram feitas, sendo que teve o pedido negado.
O valor pago por Trump foi equivalente ao valor total da indenização. Isso foi feito como uma espécie de fiança, para o caso de a apelação não ser bem-sucedida. Por enquanto, Carroll não terá acesso ao valor, enquanto a apelação não for concluída.
Esse não foi o único processo que Trump sofreu, pois ele foi condenado em outro processo por difamação em maio do ano passado, o qual também incluía outra denúncia de abuso sexual.
Outra polêmica
Outra polêmica envolvendo o caso foi que, durante todo o processo, Trump constantemente usou sua plataforma Truth Social para publicar uma série de mensagens com insultos não apenas contra Carroll, mas também contra o processo e o juiz.
Agora, uma decisão final é aguardada nos próximos meses. Enquanto isso, ambos os lados devem argumentar suas posições durante o processo de apelação.