A Polícia Civil de SP prendeu, no último sábado (8), um dos suspeitos pelo assassinato da adolescente Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, que após uma semana desaparecida foi encontrada morta em Cajamar.
Um homem, Maicol Antonio Sales dos Santos, começou a ser investigado como sendo dono do carro visto na cena do crime. A prisão temporária foi decretada pela justiça após a polícia apresentar “fortes indícios” de envolvimento no crime. Um segundo suspeito, Daniel Lucas Pereira, teve pedido de prisão negado pela justiça, autorizando apenas buscas em sua residência.
Contradições e novas provas
Segundo a investigação, o depoimento dado por Maicol apresentou contradições. Ele informou à polícia que estava em casa junto a esposa quando ocorreu o crime, mas a mulher, no entanto, desmentiu e relatou que não estava com ele. Testemunhas informaram uma movimentação diferente na casa, com idas e vindas constantes de seu carro durante a noite do desaparecimento de Vitória. A suspeita aumentou quando vizinhos notaram que o veículo permaneceu guardado na garagem, algo incomum para um carro que dormia na rua.
Buscas na casa de Maicol e Daniel foram autorizadas para encontrar possíveis provas, como armas ou outros objetos relacionados ao crime. A Justiça também permitiu a quebra do sigilo telemático dos aparelhos eletrônicos apreendidos, para aprofundar a investigação.
Câmeras registraram os últimos momentos de Vitória
Imagens de segurança mostram Vitória saindo do shopping onde trabalhava e caminhando até um ponto de ônibus. Durante o trajeto, ela enviou mensagens a uma amiga relatando que estava com medo de dois homens em um carro que a assediaram e de outros dois rapazes que entraram com ela no coletivo. Segundo testemunhas, a adolescente desceu sozinha no ponto final, no bairro de Ponunduva, onde morava com sua família. Após isso, desapareceu.
O corpo de Vitória foi encontrado uma semana depois, em uma área de mata fechada a cinco quilômetros de sua casa. Ela estava nua, com ferimentos de faca e sinais de violência. A cabeça raspada e os machucados reforçam a hipótese de tortura antes do homicídio.

Até o momento, sete pessoas estão sendo investigadas por possível envolvimento no crime, incluindo o ex-namorado da vítima, Gustavo Vinicius. A polícia considera as hipóteses de vingança ou ameaça como motivações do crime. Três veículos foram apreendidos e periciados. As investigações continuam na Delegacia de Cajamar, que segue coletando depoimentos e provas para esclarecer o caso.