A Voepass suspendeu, temporariamente, a emissão de passagens de 4 rotas. São elas: Fortaleza (CE), Natal (RN), Juazeiro do Norte (BA) e Fernando de Noronha (PB). A suspensão vai até o dia 31 de agosto. A companhia se pronunciou e disse que a medida é ocasionada pelos contratempos causados pelo contingenciamento da malha aérea.
Entenda o caso
Não estão sendo emitidos os bilhetes de passagens para algumas rotas da Voepass. No site da companhia, destinos como os de Fortaleza, Natal, Juazeiro do Norte e Fernando de Noronha aparecem como indisponíveis. Segundo a companhia, a medida foi adotada “em decorrência da reorganização da malha por contingenciamento”, que ocasionou atrasos e cancelamentos. Essa suspensão acontece 10 dias após o acidente aéreo envolvendo a Voepass, que matou 62 pessoas.
Desde o fatídico acidente, a Voepass vem enfrentando muitos problemas com relação a cancelamento de voos, tanto por parte de consumidores, como pela própria empresa. Consumidores chegam a relatar que estão enfrentando dificuldades com o ressarcimento dos valores das passagens. Em nota, a Voepass se pronunciou sobre o que disse se tratar de “problemas de contingenciamento”.
“Estamos trabalhando para minimizar transtornos aos nossos clientes. Todos os passageiros estão sendo alocados em outros voos. A Voepass trabalha arduamente para atender às expectativas de seus clientes e é solidária a eventuais queixas, que são consideradas para aprimorar a prestação de nossos serviços, e concentra o atendimento a elas em seus canais oficiais.” Os outros destinos não foram afetados e continuam com a venda de passagens disponível.
Acidente aéreo deixou 62 mortos
Em 9 de agosto deste ano, um ATR-72 da Voepass caiu no município de Vinhedo (SP). O avião partiu de Cascavel (RS) e ia em direção ao aeroporto de Guarulhos. O acidente vitimou 62 pessoas, entre passageiros e tripulantes.
O acidente aéreo de Vinhedo é o 5° maior da história do país (Foto: reprodução/Nelson Almeida/AFP/Getty Images Embed)
Desde então, foram muitos pedidos de cancelamento e reembolso feitos por medo de um novo acidente e falta de segurança, já que ainda não se sabe o que causou a queda. A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) emitiu uma nota recentemente dizendo: “O gerenciamento da segurança na aviação civil é uma atividade contínua, realizada de forma constante pelos órgãos que compõem o sistema de aviação brasileiro. Por sua vez, os operadores aéreos, entre eles a Voepass, têm de enviar constantemente dados de desempenho de sua frota à Anac, o que inclui eventuais interrupções mecânicas, indisponibilidades de aeronave ou dificuldades em serviço.”
Assim, a agência promete uma árdua vigilância e monitoramento nos voos operados pela Voepass.
