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Advogado de Lula o defende em resposta à crítica de Hamilton Mourão

15 Nov 2022 - 19h00 | Atulizado em 15 Nov 2022 - 19h00
Advogado de Lula o defende em resposta à crítica de Hamilton Mourão

Após crítica do vice-presidente Hamilton Mourão, Luiz Carlos Rocha, um dos advogados de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), responde em defesa do presidente eleito, sobre o uso do jatinho, na segunda-feira (14), do empresário José Seripieri Filho para ida à COP27 — Conferência da Organização das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas —, no Egito. "O gestor público só pode fazer o que a lei autoriza ou que não proíbe expressamente. Lula não é gestor público. Deixe de bobagem!”, rebate o advogado em rede social.

Mourão publicou no Twitter que a ““futura administração” já compromete os princípios da impessoalidade e da moralidade”. Em resposta ao tweet, Rocha questionou se o vice-presidente é ignorante em matéria de Direito Público e falou para o general ir estudar.


Resposta de Luiz Carlos Rocha à Hamilton Mourão (Reprodução/Twitter)


Além da resposta direta ao tweet, o advogado respondeu à comentário de seguidor que questionou a moral do ato de Lula. "Moral é coisa que cada um tem a sua no seu embornal. A questão é legal. Só!”, disse. 


Resposta de Luiz Carlos Rocha à seguidor (Reprodução/Twitter)


Em sequência de publicações, Rocha esclarece e defende a ação de Lula. "O uso do jatão não viola a lei, nenhum protocolo de integridade, norma do TCU ou do MPF. Juridicamente, o que impede Lula de viajar no jato de um amigo? Nada!”, explica. 



A viagem de Lula com, amigo e doador de sua campanha, o empresário gerou criticas entre nas redes sociais de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). Alguns aliados do futuro presidente também consideraram um “erro" a atitude. 

O empresário firmou acordo de delação com o Ministério Público, em 2020, e confessou crime eleitoral de caixa dois — isto é a não contabilização e declaração de dinheiro às autoridades — em caso envolvendo o senador tucano José Serra (PSDB-SP). Seripieri Filho, também chamado de Júnior, ficou preso, em julho de 2020, por três dias por causa da Operação Paralelo 23, que investigou os pagamentos para a campanha do senador ao Senado em 2014. O presidente eleito foi preso, em 2014, temporariamente pela Operação Lava Jato na investigação sobre o suposto caixa dois.

 

Foto destaque: Lula em frente à jatinho. Reprodução/Metrópoles