Em 2020, foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), uma nova norma para a rotulagem de alimentos embalados. Com o prazo de 2 anos para entrar em vigor, essa medida começa a ser feita e para eles, vai extinguir o sobrepeso no Brasil.
A mudança consiste na obrigatoriedade de um alerta, na parte da frente da embalagem, sobre presença em excesso de três ingredientes prejudiciais à saúde: açúcares adicionados, gorduras saturadas e sódio.
Esse plano da ANVISA é devido ao fácil acesso aos alimentos ultraprocessados e também o preço, o que facilitou o consumo entre a população e foi um dos fatores do aumento das taxas de obesidade.
A Universidade Federal de Minas Gerais realizou uma pesquisa junto com a participação de Claro. Ela mostrou que a cesta de alimentos saudáveis custava em 1995, o equivalente a 53,08% do preço do grupo de ultraprocessados. Em 2017, o percentual subiu para 70%.
De acordo com pesquisadores, a previsão era que os alimentos ultraprocessados se tornassem mais baratos do que os naturais e saudáveis em 2026. Isso porque nos últimos dois anos, a inflação e ininterruptos eventos climáticos — geada, seca e chuvas em excesso — aceleram esse processo.
A Pesquisa Nacional de Saúde feita pelo IBGE envolvendo 108 mil domicílios em 2019 no Brasil, indica que a proporção de obesos na população com 20 anos ou mais de idade mais que dobrou no país entre 2003 e 2019, passando de 12,2% para 26,8%. Nesse período, a obesidade feminina subiu de 14,5% para 30,2% , enquanto a obesidade masculina passou de 9,6% para 22,8%.
Outro dado mostra que, uma em cada quatro pessoas de 18 anos ou mais anos de idade no Brasil estava obesa, o equivalente a 41 milhões de pessoas. Já o excesso de peso atingia 60,3% da população de 18 anos ou mais de idade, o que corresponde a 96 milhões de pessoas, sendo 62,6% das mulheres e 57,5% dos homens.
A prevalência de excesso de peso aumenta com a idade e ultrapassa os 50% na faixa etária de 25 a 39 anos de idade. Para esses dados, a proporção de sobrepeso é um pouco mais elevada no sexo masculino (58,3%) do que no feminino (57,0%). Não obstante, em outros grupos etários, os percentuais de excesso de peso eram maiores entre as mulheres.
(Foto: Reprodução/Instagram)
É preciso ampliar as políticas voltadas para prevenção e combate à obesidade “Faltam políticas públicas estruturadas de combate à obesidade e ao excesso de peso, como o incentivo à ingestão de alimentos saudáveis e à prática esportiva”, avalia a responsável pela pesquisa, técnica do IBGE Flávia Vinhaes.
(Foto: Reprodução/Instagram)
A nutricionista Juliana Perpétuo, entre diversos profissionais sérios na área da saúde, ajuda a combater a obesidade de forma séria e também os alimentos ultraprocessados.
Foto destaque: Saúde Brasil, Ministério da Saúde
