Chega ao fim a era de Tim Stokely, fundador do OnlyFans, que deixará seu cargo de CEO da famosa e polêmica plataforma de mídia social, e que funciona a base de assinaturas, sendo a favorita entre artistas e profissionais do meio adulto e erótico. Foi anunciado pela empresa, na terça, 21, o fim do comando de Stokely sobre a OnlyFans que durou cinco anos, período que a empresa passou por um enorme crescimento e travou uma luta para saber a melhor forma de lidar com conteúdo sexual e explícito na plataforma.
O cargo passou de Stokely para a empresária indo-americana Amrapali Gan, que estava trabalhando na empresa desde 2020 e atuava como diretora de marketing e comunicações. O anúncio da passagem de bastão foi publicado em sua conta no Instagram.
Contudo, Stokely permanecerá como consultor durante essa transição, segundo diz a empresa.
A plataforma OnlyFans, que ficou mundialmente conhecida pelo conteúdo adulto e sexualmente explícito hospedado, já possui mais de 150 milhões de usuários registrados que já seguem cerca de dois milhões de criadores de conteúdos.
Segundo aponta a empresa, o OnlyFans é responsável por pagar mais de US$ 4 bilhões para seus 1,2 milhões de criadores da plataforma desde 2016.
Tim Stokely liderou a plataforma durante a explosão dos negócios ao início da pandemia do coronavírus. A receita da empresa disparou 540% no ano de 2020 e chegou a US$ 400 milhões no final do mesmo ano. Já em agosto, a empresa disse ser esperado arrecadar por volta de US$1,2 bilhão até o fim de 2021.
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Todavia, devido ao enorme volume de conteúdo sexual hospedado, a plataforma vem enfrentando muitas dificuldades em atrair investidores. Stokely disse que instituições bancárias pressionou a empresa para cortar completamente suas relações com as acompanhantes de luxo. Em agosto deste ano, a companhia anunciou que baniria os conteúdos sexualmente explícitos, mas a decisão não se manteve, pois, em menos de uma semana, devido à enorme reação negativa dos usuários, a empresa retrocedeu com a decisão.
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