Os clubes da Série A do Brasileirão concordaram por unanimidade em aumentar o limite do número de jogadores estrangeiros que podem jogar por partida. As equipes agora podem usar sete jogadores de outros países em vez de apenas cinco. A mudança foi decidida na comissão técnica da Série A realizada ontem (14/02) na CBF.
Aumentar o número de jogadores estrangeiros pode ser benéfico para clubes que contratam regularmente jogadores de outros mercados, como a América do Sul. É útil, por exemplo, em São Paulo, onde tem oito estrangeiros entre seus funcionários. Atlético teve 7 e Corinthians 6. Aprovado pela CBF, sistema de contagem precisa ser atualizado para não travar no máximo 7 jogadores por time.
O movimento migratório ganhou força nas últimas semanas, começando por São Paulo, onde oito estrangeiros trabalham. Outros clubes no jogo são Atlético-PR (sete estrangeiros no elenco), Corinthians (seis), Grêmio (seis) e Flamengo (quatro). Na terça-feira, 20 times da Série A votaram a favor da mudança.
Giorgian Arrascaeta, é um dos estrangeiros no Flamengo.
A CBF realizou um estudo que destacou os pontos fortes e fracos do índice e apresentou um estudo de caso do futebol equatoriano. No final do ano passado, os presidentes dos clubes da primeira divisão do Equador votaram por ampla maioria para aumentar o número de estrangeiros de seis para oito - 19 foram a favor, 5 contra e 2 abstenções.
A liga equatoriana é a liga mais hospitaleira do futebol sul-americano para jogadores de outros países que não seus países de origem. Na Argentina, os clubes podem ter seis jogadores por equipe, mas apenas cinco, como no Brasil. Na América, a Liga Norte-Americana não tem cota de ajuda externa, enquanto o México tem até nove.
Para a comissão de inscrições e transferências da CBF, o caso tem dois pontos importantes: enquanto o Brasil segue se firmando como a maior liga do continente, pode afetar as categoria de base, onde há menos espaço para jogadores brasileiros. Este é o principal fator que impede jogadores estrangeiros de ingressarem definitivamente na seleção nacional de futebol.
Foto destaque: Conselho técnico do Campeonato Brasileiro 2023- Reprodução/Clara Melo
