Após a derrota na estreia da Libertadores, em pleno Mineirão, para o Libertad do Paraguai, o clima nos bastidores do Atlético-MG vem fervendo, desde que o técnico, Eduardo Coudet, expôs sua insatisfação com a diretoria do Galo após a derrota, pelo fato do clube ter se desfeito de peças importantes do elenco, como Ademir e Eduardo Sasha, e sem a devida reposição, na visão do técnico argentino. A troca no comando técnico teria ocorrido, porém, a multa rescisória de R$30 milhões de reais segue mantendo o técnico no cargo.
O técnico chegou a pedir desculpas na sexta-feira, por suas declarações feitas em coletiva pós-derrota para o Libertad na Libertadores. Em seguida, acabou vencendo o Campeonato Mineiro contra o América no domingo, e agora terá o desafio de dar o pontapé inicial na Copa do Brasil de 2023.
Ocorre que o clube mineiro vem sofrendo com uma alta dívida que já ultrapassa a casa do R$1 bilhão de reais, tendo que conviver atrasos nos salários e abrindo mão de jogadores para reduzir a folha salaria da equipe. Logo, uma possível demissão de Coudet impactaria ainda mais a crítica saúde financeira do clube, diante da obrigatoriedade de arcar com uma multa milionária.
Publicação do Atlético Mineiro (Reprodução/Instagram)
No entanto, a pedido do próprio técnico, o clube fez um aditivo contratual onde seria retirado o valor da multa em caso de demissão. Mas, até o momento, o argentino ainda não assinou o aditivo já formulado e assinado pelos representantes do Galo. Logo, diante desse impasse, a cúpula do clube mineiro tende a manter o técnico, por pelo menos, até o próximo jogo do clube, que será contra o Brasil de Pelotas, pela Copa do Brasil.
Ademais, o técnico também passou por cobranças feitas pela diretoria do Galo após a derrota na Libertadores, pois apesar das saídas de peças importantes, o clube ainda mantém a terceira maior folha salarial do país, ficando atrás apenas de Palmeiras e Flamengo. Logo, a cúpula atleticana também cobra por resultados, mesmo após a conquista do Mineiro.
Vale ressalta que o contrato de Eduardo Coudet no Atlético vai até dezembro de 2024. Sua insatisfação pública se baseou no fato que fora prometido para o mesmo um cenário de um time sólido, com planejamento a médio e longo prazo, porém, o que o mesmo vem presenciando o clube convivendo com dificuldades financeiras, onde se viu obrigado a lida com saída de jogadores, sem reposição das mesmas peças.
Foto destaque: Eduardo Coudet a frente do Atlético-MG. Reprodução/Instagram.