Esportes

Dez anos depois, Lewis Hamilton relembra a mudança para a Mercedes

28 Mar 2023 - 22h50 | Atulizado em 28 Mar 2023 - 22h50
Dez anos depois, Lewis Hamilton relembra a mudança para a Mercedes

No último dia 17, o piloto Lewis Hamilton completou dez anos de história com a Mercedes. Sua mudança causou surpresa, dada a relação de bastante tempo com a McLaren, onde estreou na Fórmula 1 em 2007, e ganhou seu primeiro título no ano seguinte na categoria, e pelo fato de que sua equipe atual em 2012 era considerada um time intermediário. Passada uma década, vemos que a união foi perfeita, foram 81 vitórias, 76 poles positions e seis títulos mundiais. Hoje o sete vezes campeão recorda o que viveu quando decidiu mudar de equipe.

O britânico falou: “muitas pessoas me disseram que eu estava errado. Mas eu sabia que se não tivesse tomado a atitude, me arrependeria. Não pensei duas vezes”. O piloto completou: “Tive um momento de reflexão e pensei: ‘já foi feito, então darei tudo de mim’. Também pensei o quão incrível seria vencer na minha temporada, algo que realizamos”.

Lewis correu pela McLaren que financiou sua carreira até a F1 durante seis temporadas difíceis: de brilhante a caótica estreia em um duelo com o companheiro de equipe Fernando Alonso, conquistando o seu primeiro título em 2008 e até uma desclassificação no ano seguinte.

Em 2011, o britânico viveu uma temporada difícil, marcado por punições e colisões, além do rompimento empresarial com o pai, Anthony Hamilton, e a vida pessoal conturbada. A temporada seguinte foi mais tranquila até o anúncio em setembro.



Lewis falou: “claro que senti que era um risco! Quando você toma decisões, passa por mudanças e sempre será um risco”.

O heptacampeão revelou: “eu estava entusiasmado em trabalhar com novas pessoas, entrar em uma equipe que passou por dificuldades e trazer tudo o que eu tinha aprendido para ver se eu poderia aplicar em outro lugar. Fiquei animado com os planos que ouvi, que estavam sendo executados para fazer a equipe evoluir. Isso me trouxe a essa equipe incrível e essa jornada incrível em que estamos”.

Há alguns anos, foi anunciado publicamente o envolvimento do falecido tricampeão Niki Lauda na contratação do britânico pela Mercedes. Niki era presidente não-executivo da equipe, efoi fundamental para convencer o heptacampeão quanto o time.

Em 2020, um ano depois da morte de Niki, Lewis revelou a conversa de telefone que teve com o ex-piloto em 2012. E a parceria já renderia frutos em sua primeira temporada na equipe: Hamilton venceu seu primeiro GP como piloto da Mercedes na etapa da Hungria.

Com dez anos na equipe, Hamilton assumiu um lugar de importância no time, com 16 anos de experiência na categoria, sete títulos mundiais, vários recordes e a promoção de inclusão e diversidade social, vivência que divide agora com um companheiro mais novo, George Russell.

Na temporada passada, a Mercedes caiu de primeiro para terceiro lugar com um conceito ruim do novo regulamento da categoria, o que tem levantado questões sobre uma possível aposentadoria de Lewis.

O heptacampeão assegurou: “se não sinto que estou sendo desafiado, não estou progredindo ou não estou evoluindo, é aí que começo a pensar o próximo passo. Mas não é esse o caso nos últimos dez anos; sinto que toda a equipe tem evoluído, com novas pessoas, novas estruturas criadas, novas metas estabelecidas. Estou com a equipe certa para crescer, não apenas como piloto, mas como homem”.

Agora, a equipe sofre a concorrência da Aston Martin, chegando a ficar de fora do pódio na primeira corrida (GP do Bahrein), pela primeira vez em nove anos.

O contrato de Hamilton com a Mercedes acaba no final desta temporada. Porém, a equipe e o piloto não priorizam conversas contratuais neste momento, embora deem o acerto como certo.

Foto destaque: Lewis Hamilton na Mercedes. Reprodução/Instagram