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Em 30 anos mais de 1,1 milhão de tartarugas marinhas foram mortas ilegalmente

19 Dez 2022 - 20h30 | Atulizado em 19 Dez 2022 - 20h30
Em 30 anos mais de 1,1 milhão de tartarugas marinhas foram mortas ilegalmente

Estudo publicado na revista Global Change Biology aponta que os últimos trinta anos mais de 1,1 milhão de tartarugas marinhas foram mortas ilegalmente de 1990 a 2020, o que aponta uma grande necessidade de proteção a espécie. No período de 30 anos analisados, elas foram mortas em cerca de 65 países, a uma taxa de 44.000 animais ao ano. Surpreendentemente, as tartarugas marinhas são ‘protegidas’ em quase todo o mundo.

Professor assistente, Jesse Senko, no Arizona State University (ASU) e um dos principais autores do estudo declarou ao The Guardian “Os números são realmente altos e quase certamente sub-representados por várias ordens de magnitude, porque é muito difícil avaliar qualquer tipo de atividade ilegal". Após examinar mais de 209 artigos de periódicos revisados por pares, além de vários relatórios e publicações na mídia, bem como observar tartarugas e os subprodutos delas extraídos, os pesquisadores tentaram estabelecer a magnitude da caça ilegal.


Tartaruga marinha (Foto: Reprodução/Freepik)


Os pontos mais críticos para a caça de tartarugas marinhas são no Sudeste da Ásia e Madagascar, enquanto o tráfico geralmente começa no Vietnã. Entretanto, China e Japão são os maiores mercados para produtos ilegais de tartarugas. E mesmo com todas as informações sobre o declínio da biodiversidade e todos os problemas associados, é inacreditável que isso aconteça no terceiro milênio. Um dos motivos para a caça de tartarugas marinhas, é para ter o casco dos animais como decoração. O autor ainda disse que esses números podem ser somente a ponta do iceberg, o número real deve ser inúmeras vezes superior.

Ainda segundo as Nações Unidas, as tartarugas são caçadas principalmente por causa de suas carapaças e carne, e outras partes são usadas para remédios tradicionais, ainda há um número de mortes dessa espécie para usar como decoração, joias e outros artefatos resultando em um mercado global ilegal de vida selvagem no valor de cerca de R$ 20 bilhões anualmente.

 

Foto destaque: Tartaruga marinha. Reprodução/Freepik.