Saúde e Bem Estar

Entenda o impacto da colonoscopia no rastreamento de câncer coloretal

11 Out 2022 - 16h43 | Atulizado em 11 Out 2022 - 16h43
Entenda o impacto da colonoscopia no rastreamento de câncer coloretal

Um estudo publicado no ultimo domingo (10) de outubro, no The New England Journal Medicine, aponta que os benefícios do exame de colonoscopias para o rastreamento de câncer coloretal podem ser subestimados.

O grupo de estudo da Universidade de Oslo, na Noruega, liderado pelo pesquisador e gastroenterologista Michael Bretthauer, disse ter achado os resultados decepcionantes.  


 

Foto: Câncer coloretal. Reprodução/ gettyimages


O estudo informa que as colonoscopias foram comparadas diretamente com a ausência de rastreamento de câncer em um estudo randomizado. Foi encontrando apenas benefícios escassos para o grupo de pessoas convidadas a fazer o procedimento: um risco 18% menor de contrair câncer colorretal e nenhuma redução significativa no risco de morte por câncer.

Com base em seus resultados, ele espera que a colonoscopia de triagem provavelmente reduza as chances de câncer colorretal de uma pessoa em 18% a 31%, e seu risco de morte de 0% a 50%. Mas, ele disse, até 50% está “no limite inferior do que eu acho que todo mundo pensava que seria”

É podemos ter vendido demais a mensagem nos últimos 10 anos ou mais, e temos que recuar um pouco”. Questiona o pesquisador.

Outro especialista como diretor científico da American Cancer Society, William Dahut, diz que, por melhor que este estudo tenha sido ele tem limitações importantes, e esses resultados não devem impedir as pessoas de fazer colonoscopias.

Para ele menos da metade das pessoas convidadas a realizar o exame de colonosccopia no estudo não o fizeram. E que quando os autores do estudo restringiram os resultados apenas para as pessoas que realmente fizeram a colonoscopia, cerca de 12 mil das 28 mil que foram convidadas para o procedimento foi que estes estudo tornou se eficaz. Reduzindo se o risco de câncer coloretal em 31% e o risco de morte dessa doença em 50%.

Segundo ele este estudo foi realizado em homens e mulheres com idades entre 55 e 64 anos da Polônia, Noruega e Suécia. As colonoscopias não são tão comuns nos países envolvidos no estudo quanto nos Estados Unidos. Na Noruega, disse ele, as recomendações oficiais de rastreamento do câncer colorretal não chegaram até o ano passado. Nos EUA, de acordo com dados dos  Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA, cerca de 1 em cada 5 adultos entre 50 e 75 anos nunca foi rastreado para câncer colorretal.

Quando se trata de câncer colorretal os testes só podem ser eficazes se as pessoas estiverem dispostas a realizá-los. Se a pessoa se sente envergonhada em fazer uma colonoscopia, existe uma série de métodos que podem detectar o câncer coloretal entre elas estão: Triagem com testes que verificam sangue e/ou células cancerígenas nas fezes, uma tomografia computadorizada do cólon a cada cinco anos, uma sigmoidoscopia flexível a cada cinco anos, uma sigmoidoscopia flexível a cada 10 anos combinada com exames de fezes para verificar se há sangue anualmente ou uma colonoscopia a cada 10 anos.

Foto Destaque: Medico gastroenterologista realizando colonoscopia  Reprodução/GETTY IMAGENS.