“Boa tarde a todas, todos e todes”, começou Alexandre Padilha, novo ministro de relações institucionais, durante seu discurso de posse, não você não leu errado, Alexandre optou por usar o sistema de linguagem neutra em seu discurso de posse, além dele outros ministros do governo Lula adaptaram seu discurso para incluir uma linguagem neutra.
Ministros de Lula utilizam linguagem neutra durante eventos oficiais (Reprodução/Youtube)
Além de todes as palavras “menine” e “amigue”, são outros exemplos de palavras utilizada para se referir a pessoas não binárias, ou seja, quem não se indentifica com o sexo masculino ou feminino. Este tipo de linguagem vem se tornado cada vez mais comum nas redes sociais, e foi usada pelos políticos para representar a inclusão social que o atual governo vêm se propondo a fazer.
A linguagem neutra visa substituir o artigo masculino “o”, utilizado na norma padrão da língua portuguesa para se referir a qualquer grupo de pessoas independente do sexo de forma neutra, pela letra “e”, segundo defensores deste tipo de linguagem, a linguagem neutra é uma forma de evitar utilizar o artigo masculino para se referir a grupos de pessoas de diferentes sexos, além de também ser utilizado como forma de se referir a pessoas que não se encaixam no espectro binário do gênero, homem e mulher, e pessoas intersexo, que nasceram com mais de um sexo biológico.
Por ser uma linguagem informal, usada principalmente na internet, ainda não existe um padrão definido para a linguagem neutra.
Os adeptos deste tipo de linguagem utilizam o pronome “elu” para se referir a pessoas não binárias ou a qualquer pessoa, independente de seu gênero.
Durante as últimas olimpíadas em tóquio, a narradora do SporTV Natália Lara e o comentarista Conrado Santana, utilizaram o pronome neutro, durante uma partida de futebol feminino entre as seleções do Canadá e Japão, para se referir a atleta Quinn, que se identifica como uma pessoa trans não binária.
A linguagem neutra vêm sendo utilizada no mundo todo, como forma de se referir a pessoas sem assumir seu gênero, no inglês é utilizado o pronome “they”, que antes era reservado apenas para grupos de pessoas, como uma maneira de se referir a pessoas não binárias, ao invés dos pronomes “He” (masculino) ou “She” (feminino).
Foto destaque: Alexandre Padilha e Lula (Reprodução/Instagram)