Com falta de atualizações sobre as doses da vacina há cinco meses por parte do Ministério da Saúde e trazendo um clima de desinformação e falta de liderança, as capitais começam a tomar atitudes independentes sobre ampliação da quarta e início da quinta dose.
A última atualização do Ministério foi em junho deste ano, onde foi ampliado a quarta dose para pessoas com 40 anos ou acima e profissionais da saúde, dentro de um intervalo de quatro meses entre as doses.
Porém, em 27 capitais do país a quarta dose já foi ampliada com diferentes orientações, e em torno de cinco prefeituras já foram anunciados a liberação da quinta dose para idosos e público geral para maiores de 18 anos. Além disso, municípios estão entrando na mesma atitude.
Poucos são as capitais que seguem essa atualização mais recente, e com o aumento dos casos de COVID-19 por todo país, as preocupações com essa falta de atualização são grandes.
A exemplo de capitais que ampliaram a quarta dose em diferentes medidas tempos Salvador, São Paulo, Curitiba e Florianópolis. Já a aplicação da quinta dose começou em São Luís, Natal, Recife, Rio de Janeiro e Belém.
Para além da quarta dose e doses posteriores, o Brasil ainda está muito atrás quando se fala no reforço (terceira dose), principalmente em jovens.Gestores e profissionais da saúde vem reivindicando a necessidade de uma liderança e homogeneidade nas informações e atualização por parte do Ministério da Saúde.
Nésio Fernandes, presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde, escreveu no Twitter:"O Ministério da Saúde não poderá seguir enfrentando a Covid-19 com base em Nota Técnica que só repete 'máscara, vacina e que as decisões devem ser tomadas pelos gestores locais com base na realidade de cada território'. Precisamos de liderança e coordenação nacional nas decisões tripartite".
Posto de vacinação COVID-19. Reprodução/ CNN Brasil.