Galvão Bueno admitiu um sentimento estranho ao deixar o hotel em Doha no Catar para narrar a sua última final de Copa do Mundo entre Argentina e França. O jogo, no estádio Lusail, foi o último trabalho dele como narrador na Globo, após 41 anos na empresa.
As declarações de Galvão Bueno foram postadas em suas redes sociais:
Galvão Bueno antes de narrar a final da Copa do Mundo. (Vídeo:Reprodução/Instagram)
“É o último. Estou meio estranho. Depois de 48 anos fazendo isso, indo para o estádio, a caminho de uma final de Copa do Mundo, última vez. Estou meio estranho, estou meio bozó. Preciso pegar a adrenalina”, disse Galvão.
O Mundial no Catar foi especial para Galvão Bueno por uma série de marcos. Além das despedidas, o locutor completou o marco de 50 jogos narrados da seleção brasileira em Copas do Mundo e foi um dos jornalistas brasileiros que receberam uma honraria da FIFA pelo trabalho no torneio ao longo dos anos.
A voz marcante de tantas vitórias e momentos gloriosos como o tetra e o penta, também narrou a derrota por 7x1 contra a Alemanha e a morte de Ayrton Senna. Com 72 anos, Carlos Eduardo dos Santos Galvão Bueno dá tchau à Copas do Mundo e à seleção brasileira em Copas, após a eliminação para a Croácia.
O famoso “É tetra”, na narração do tetracampeonato em 1994 foi provavelmente a narração mais marcante na trajetória de Galvão em Mundiais. Quando Roberto Baggio chutou o último pênalti por cima do gol, Galvão soltou o grito que todos os brasileiros estavam esperando, o tão sonhado tetracampeonato Mundial. Mesmo se despedindo das transmissões, Galvão ainda pode participar da Olimpíada de 2024.
Foto destaque: Galvão Bueno. Reprodução/Instagram
