A Justiça do estado de São Paulo proibiu que a aposentada Elisabeth Morrone, vizinha do humorista Eddy Jr, flagrada em vídeo na madrugada do dia 18 fazendo ataques racistas contra ele, chegue a menos de 300 metros do influencer, sob pena de ser presa preventivamente.
O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa de São Paulo (DHPP) proibiu também que a acusada mantenha qualquer contato com Eddy, que mora no andar de cima da vizinha, ainda que seja intermediada por outras pessoas. Desse modo, a aposentada está impedida de frequentar os mesmos ambientes que Eddy Jr, mesmo as áreas comuns do Condomínio United Home & Work, na Barra Funda, zona oeste de São Paulo, onde moram os dois.
Elisabeth Morrone é investigada pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), onde o comediante prestou depoimento na quarta-feira (19), após ser ofendido na entrada do elevador do prédio onde mora.
As acusações contra Elisabeth não param em Eddy Jr., outra moradora do mesmo condomínio relatou ter sido atacada com ofensas racistas pela mesma vizinha. A advogada Nayara Cruz, conta que ela e seu filho foram discriminados por Elisabeth.
“Ela me abordou, me questionando por que eu estava na academia, porque o uso da academia era restrito a moradores. Eu falei que era moradora, e ela me questionou quanto eu paguei pelo meu apartamento. Teve um outro episódio que ela foi agressiva com o meu filho, que estava no hall brincando com outras crianças. Ela chamou o meu filho de vagabundo e disse que ele não poderia ficar no hall do prédio”, disse Nayara.
Na quinta-feira (20), dois dias após Eddy ter divulgado o vídeo, manifestantes protestaram em frente ao prédio onde os envolvidos moram.
Entre os manifestantes estavam Astrid Fontenelle, Paulo Vieira e representantes da Uniafro, entre outros ativistas.
“É importantíssimo a gente chegar junto onde aconteceu um crime de racismo para mostrar pra sociedade, para mostrar para os criminosos que isso não vai passar”, disse Astrid Fontenelle.
Foto em Destaque: Reprodução.