A cantora venceu seu primeiro Grammy Latino nesta quinta-feira (17). Liniker foi a vencedora de melhor álbum de música popular brasileira com o “Indigo Borboleta Anil” e se tornou a primeira artista transgênero a conseguir tal feito.
Seus concorrentes eram grandes nomes da música, o que consagra Liniker como gigante. Chico Chico (Pomares), João Donato e Jards Macalé (Síntese do Lance), Ney Matogrosso (Nu com a Minha Música), Marisa Monte (Portas) e Caetano Veloso (Meu Coco).
Discurso emocionante da Liniker no #LatinGRAMMY para a categoria de Melhor Album de Música Popular Brasileira e fazendo história se tornando a primeira artista trans a levar o prêmio. pic.twitter.com/3vMYmHkVNL
— Portal Liniker (@portaliniker) November 17, 2022
Discurso de Liniker após ganhar o Grammy Latino (Foto: Reprodução/Twitter)
Em discurso emocionado e em espanhol, Liniker agradeceu por sua equipe, seus produtores e compositores. Seu choro de alegria contagiou a todos na plateia que a aplaudiram de pé.
“Que gigante, importante e significativo o espaço que o disco dos meus sonhos alcançou. Esse prêmio é resultado de muita dedicação, trabalho e um time maravilhoso que construíram tudo isso comigo.”, escreveu a cantora em suas redes sociais.
Liniker em um de seus shows (Foto: Reprodução/Instagram)
Seus maiores sucessos são as músicas “Baby 95” que também estava concorrendo ao Grammy Latino, “Intimidade” e “Calmô”. Além de cantora e compositora é também atriz. Fez sua estreia na série “Manhãs de setembro” que promove discussão sobre transexualidade e filhos disponível na Amazon Prime.
Além de sua trajetória artística, a cantora também possui uma irmandade com Linn da Quebrada e que inclusive, declarou apoio e todo seu amor em um texto contando a história da forte amizade das duas enquanto a artista estava confinada na casa mais vigiada do Brasil. Liniker se apresentou juntamente de Luisa Sonza na 22º do BBB.
Sua vitória simboliza muito mais do que apenas um prêmio, deixando de ser uma conquista artística. O Brasil permanece sendo o país que mais mata pessoas trans no mundo. De acordo com o relatório feito pela Transgender Europe (TGEU), 70% de todos os assassinatos registrados aconteceram na América do Sul e Central, sendo 33% no Brasil.
Foto Destaque: Reprodução/Twitter