Após a repercussão do caso do influenciador digital, Agenor Tubinambá, e da Capivara que ele cuida, chamada de Filó, na internet, o Ibama foi acionado. Além de multar o tiktok, apreendeu o animal. Porém, após a internet se manifestar a favor de Agenor e pedir que a guarda da Capivara seja dada a ela, a Justiça Federal, no último domingo (30), concedeu a guarda provisória do animal para o homem.
Quem não gostou da ação da Justiça, foi a ativista da causa animal Luisa Mell, que se posicionou contra a permanência da Capivara com Agenor. Com a repercussão de sua opinião, e a discordância de muitos nas redes sociais, Luisa gravou um vídeo se defendendo e negando acusações que teria sido ela própria quem denunciou o caso para o Ibama.
De acordo com ela, sua intenção sempre foi mediar a situação entre o influencer e o órgão de meio ambiente. “De repente, virou tudo contra mim, como se eu tivesse feito a denúncia. [...] Acabei como culpada de uma história que eu não tenho culpa nenhuma”, declarou, Luisa.
O primeiro vídeo postado por Luisa Mell sobre o caso, foi ainda no dia 26, quando a notícia de que Agenor seria multado saiu. Dentre as coisas ditas pela ativista, um dos destaques foi a posição contrária a posse de qualquer animal silvestre por famosos, e o tratamento desses animais como pets, o que, de acordo com ela, instiga as pessoas a criar animais do tipo em cativeiro.
Vídeo de Luisa Mell se justificando após ser acursada de denunciar Agenor para o Ibama (Reprodução/Instagram)
“Acho que o Ibama tá errando muito. O problema não é ele [Agenor] postar, não é só ele postar. Quantas pessoas estão fazendo Instagram... Tem gente que tá comprando macaco só para fazer Instagram pro macaco. Tem inclusive famosos fazendo isso daqui, o que é uma loucura, o que é um absurdo. Então, Ibama, vocês têm que proibir geral, não é só ele. Tem que proibir todo mundo, isso é uma palhaçada", disse, Luisa.
"Não tem que ter animal silvestre de pet, não tem que ter isso. Tem que ser proibido. Isso estimula, sim o comércio ilegal. Isso estimula, sim, o tráfico de animais. Isso estimula, sim, as pessoas a caçarem animais silvestres para ganharem likes, ganharem sucesso, para ficarem famosas", completou, a ativista.
Foto destaque: Capivara Filó e o tutor provisório, Agenor. Reprodução/Instagram